Técnico do Universidad Católica reclama do adiamento do 2º jogo com Grêmio

A Conmebol acatou pedido da Globo em nome do Grêmio nesta terça-feira e adiou o jogo de volta entre o time tricolor e o Universidad Católica pelas oitavas de final da Libertadores do dia 3 de maio (terça-feira da semana que vem) para o dia 4 (quarta-feira). O motivo para o pleito gremista era a final do segundo turno do Estadual, domingo, contra o Inter, no Beira-Rio. No entanto, a troca de data agradou unicamente ao Grêmio. O técnico do Universidad Católica reclamou da alteração e disse que foi fruto do peso político brasileiro.

Juan Antonio Pizzi comandou treinamento à noite no Olímpico. A ideia do comandante era fechar as portas da atividade para imprensa. Porém, como havia reunião do Conselho Deliberativo do Grêmio, e o salão tem vista para o campo, ficaria impossível esconder qualquer coisa. Percebendo isso, o time resolveu abrir a atividade.

Em campo foram realizados arremates em gol, cruzamentos e passes, um típico trabalho técnico. Sempre conversando e orientando seus comandados, Pizzi mostrou seu estilo incentivador, semelhante a Renato Gaúcho.

Depois do treino veio a reclamação, em entrevista coletiva. "Não me parece justo que uma das partes tome uma decisão sem consular a outra. Mas o Brasil tem muito mais poder político no futebol do que o Chile. Então eu não posso fazer nada", disparou Pizzi.

O Universidad Católica é o segundo melhor visitante de toda a Libertadores, atrás somente do Cruzeiro. O time deve ser escalado no 4-5-1, com destaque para Pratto, goleador da equipe. O centroavante pertence ao Boca Juniors e é tido como substituto de Palermo.

A partida desta terça-feira começa às 19h30, no Olímpico. O jogo de volta está, agora, marcado para quarta-feira da semana que vem, às 21h50, no estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago, no Chile.