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Libertadores - 2019

Uruguaios se apegam no histórico para espantar decepção com empate em casa

Dupla que torce para o Peñarol não ficou decepcionada com empate em 0 a 0 - Jeremias Wernek/UOL Esporte
Dupla que torce para o Peñarol não ficou decepcionada com empate em 0 a 0 Imagem: Jeremias Wernek/UOL Esporte

Jeremias Wernek

Em Montevidéu (URU)

16/06/2011 13h03

Não existe sentimento de decepção entre os torcedores do Peñarol. O empate com placar fechado na noite desta quarta em Montevidéu ainda deixa-os com esperanças. E o argumento encontrado, por jovens e os mais velhos, é justamente a história do clube.

“O Peñarol está acostumando a sofrer. Sempre foi assim, nunca foi com facilidade e ninguém esperava um 5 a 0 antes da bola rolar contra o Santos”, disse Guillermo Marín. “Todos os nossos títulos são deste jeito. Sem sobras”, acrescentou.

O confronto entre Santos e Peñarol agitou a cidade na quarta. As cores do clube uruguaio se espalhavam por todo canto. E os brasileiros circulavam sem nenhum problema. Agora, no dia seguinte, as rodas de conversa ainda falam dos noventa minutos que não tiveram gols.

“Nossos maiores títulos foram com muitos gols, mas também levamos vários. O Peñarol tem problemas para marcar agora. Mas ganhou do campeão da Argentina, passou pelo campeão da última Libertadores. Agora falta mais um só”, lembrou João Carlos Sarsola.

Mas por tudo que se preparou em Montevidéu, a pressão esperada era maior. A intensidade indicava que seria algo letal ao Santos. "A gente não aceitou a pressão do Peñarol. Nosso time saiu para jogar. Se você fica atrás o tempo todo, vai levar pressão. Mas o nosso time saiu para o jogo", opinou Muricy Ramalho, depois da partida, sobre a postura do adversário.

“Queríamos ganhar, por óbvio. Mas estamos na final e a alegria por isso é muito maior. Tem mais um jogo e eu acredito, sim”, apontou Marín. Outra ponta que anima os uruguaios é a diferença de jogo que fatalmente se terá no Pacaembu.

“O Santos vai ter que sair. Martinuccio não ficará tão marcado. Teremos espaços por estes dois motivos”, afirmou Sarsola. “Jogar lá mais ser mais complicado, mas o Peñarol sempre foi bem no Brasil”, completou. A última passagem foi em Porto Alegre, com a vitória de 2 a 1 em cima do Inter de Paulo Roberto Falcão, nas oitavas de final.