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Libertadores - 2019

Vascaínos afirmam que foram chamados de 'macacos' por torcedores do Libertad

O zagueiro Dedé disse que essa não será a primeira vez que isso irá acontecer - Livia Villas Boas/AGIF
O zagueiro Dedé disse que essa não será a primeira vez que isso irá acontecer Imagem: Livia Villas Boas/AGIF

Do UOL, no Rio de Janeiro

15/03/2012 17h14

Os zagueiros Dedé e Renato Silva trouxeram uma recordação nada agradável do Paraguai. Durante o empate por 1 a 1 com o Libertad, pela Copa Libertadores, a dupla de zaga vascaína foi vítima de insultos racistas por parte dos torcedores adversários. Os jogadores revelaram nesta quinta-feira, no desembarque do time no Rio de Janeiro, que foram constantemente chamados de macacos.

Dedé, que vive em grande fase e é considerado um dos melhores zagueiros do futebol brasileiro, comentou a situação. O atleta se mostrou revoltado com a atitude dos torcedores. “É triste. Não é fácil escutar um babaca chamar a gente de macaco. Fico triste por existirem pessoas assim, mas mantenho a minha cabeça erguida. Tenho orgulho da minha cor e orgulho de ser brasileiro. Não vai ser a primeira, nem a última vez, e isso não vai me abalar. Pelo contrário. Isso nos deu mais motivação lá e para o resto da vida também”, desabafou o zagueiro.

Mesmo chateado com toda a situação que foi criada, Dedé fez questão de frisar que os insultos racistas vieram dos torcedores e não de jogadores ou comissão técnica do Libertad. O defensor aproveitou para lembrar que o próximo jogo será realizado em São Januário, na próxima quarta-feira, e que se o ato se repetir aqui, a atitude será outra.

“Isso que aconteceu não partiu de nenhum jogador ou membro de comissão técnica do Libertad. E sim dos torcedores. Mas se por acaso eu ouvir algo [no próximo confronto], a história aqui é diferente. Estamos no nosso país e vamos procurar tomar alguma medida”, completou Dedé. 

Já Renato Silva foi um pouco mais cauteloso ao comentar o fato. O jogador confirmou o ato, mas preferiu não falar muito sobre o assunto. “Sofri racismo sim, mas não procurei a polícia. Não sei por que insistem nisso. Xingaram muito mesmo. Mas não demos bola. Esses atos repercutem muito. É uma situação que ninguém gosta, mas Libertadores é assim mesmo e existem essas coisas. Agora é bola para frente e pensar no próximo jogo do Vasco".

A equipe se reapresenta nesta sexta-feira, às 9h, em São Januário. O treinamento visa a preparação para o clássico contra o Botafogo, que será realizado neste domingo, no Estádio João Havelange, às 18h30. A partida é válida pela quarta rodada da Taça Rio, o segundo turno do Campeonato Carioca.