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Libertadores - 2019

Força de Neymar pela esquerda é trunfo do Santos contra fragilidade de Alessandro

Duelo entre Neymar e Alessandro será uma das atrações do clássico desta quarta-feira - Folha Imagem e UOL
Duelo entre Neymar e Alessandro será uma das atrações do clássico desta quarta-feira Imagem: Folha Imagem e UOL

Carlos Padeiro

Do UOL, em São Paulo

13/06/2012 11h00

Lado esquerdo do ataque do Santos x lado direito da defesa do Corinthians. Neymar x Alessandro. Nos confrontos pela semifinal da Copa Libertadores, o ponto mais forte do time de Muricy Ramalho coincidirá com o setor mais frágil da equipe do técnico Tite.

GOLS DO SANTOS COM NEYMAR

PELA ESQUERDA21
PELA DIREITA4
PELO MEIO34
DE PÊNALTI8

A defesa tem sido o pilar do Timão desde o ano passado, na campanha que culminou com o título brasileiro. Entretanto, os 33 anos de Alessandro, além de seu histórico de problemas físicos, é visto dentro da comissão técnica do Peixe como um fator a se explorar. E é justamente por ali que Neymar atua.

Os números do Datafolha comprovam que a canhota do ataque santista é o caminho lateral para o gol. Em 2012, quando Neymar esteve em campo, 21 gols surgiram na esquerda e apenas 4 pela direita. Ou seja, são cinco vezes mais gols com origem no setor preferido do camisa 11. Pelo meio, 34 gols foram anotados.

O astro de 20 anos apresenta estatísticas individuais relevantes. Participou de 24 partidas na temporada e balançou as redes 24 vezes, média de 1 gol por jogo com a camisa alvinegra. Além disso, ele dá 1,4 assistência por partida e finaliza mais de 4 vezes, sendo uma média de 2,2 no alvo certo. 

GOLS SOFRIDOS COM ALESSANDRO

PELA DIREITA4
PELA ESQUERDA1
PELO MEIO1 (gol contra de Alessandro)
DE PÊNALTI0

O Corinthians de Tite sofre poucos gols: em 2012, foram 21 (14 no Paulista, 2 na Libertadores e 5 no Brasileiro), num total de 34 partidas. Nos 15 jogos que Alessandro participou, o time da capital levou seis gols, sendo que quatro surgiram pelo lado direito da defesa.

O número absoluto é baixo – apenas 6 gols em 15 jogos (média de 0,4 por jogo). Porém, a porcentagem é alta – 66,7% dos gols tiveram início na direita da retaguarda corintiana.

O técnico Tite diz confiar no seu camisa 2, capitão na reta final do último Brasileiro. “Aquele Alessandro voltou”, comentou na semana passada. “Fisicamente ele está muito bem”, acrescentou.

Além disso, a estratégia corintiana para segurar Neymar e o ataque santista, o melhor da Libertadores com 22 gols, é não deixar a bola chegar até o camisa 11. Aí entra a dupla de volantes formada por Ralf e Paulinho, ambos com passagem pela seleção brasileira, a volta de Danilo ou Alex para ajudar e a cobertura da zaga, provavelmente de Chicão.

“Seria muito cômodo da minha parte e covarde pedir para um atleta marcar o Neymar, quando a situação é de toda a organização de uma equipe”, decretou Tite.

"Não se retira o Neymar de lugar, mas pode se diminuir as ações dele. Não é de um jogador a responsabilidade, seria transferir de uma equipe de trabalho, do técnico, e isso o Corinthians não faz, sob o meu comando não”, acrescentou.