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Libertadores - 2019

Irmão de Emerson diz que herói corintiano prometeu gols: "me falou que iria decidir"

Emerson brilhou na vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors ao fazer os gols da partida - Leandro Moraes/UOL
Emerson brilhou na vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors ao fazer os gols da partida Imagem: Leandro Moraes/UOL

Bruno Freitas e Carlos Padeiro

Do UOL, em São Paulo

05/07/2012 09h00

O atacante Emerson Sheik provavelmente deu início na noite da última quarta-feira a uma devoção da Fiel corintiana que não tem prazo para acabar. O herói do primeiro título alvinegro na Libertadores contou com a torcida especial do irmão nas arquibancadas do Pacaembu, durante a vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors na partida decisiva do torneio.
 
Na saída do Pacaembu, Cláudio Passos de Albuquerque não conseguia disfarçar o parentesco com o herói da noite, autor dos dois gols da decisão. Além da semelhança física com Emerson, o morador de Nova Iguaçu ainda trazia no corpo uma camiseta estilizada, com o rosto do irmão e lemas de incentivo.
  • Bruno Freitas/UOL

    Irmão de Emerson, Cláudio comemorou o título da Libertadores no meio da torcida corintiana

 
O irmão de Emerson esteve no estádio acompanhado de alguns familiares e de um segurança de Emerson. Na comemoração do título, revelou uma conversa em que o atacante corintiano afirmou que decidiria a final contra o Boca.
 
"Eu já esperava que ele fosse fazer isso. Ele me falou que ia fazer, que iria decidir, conversamos antes do jogo", afirmou Cláudio ao UOL Esporte.
 
"Eu falei para ele: 'é jogo teu'. Por onde ele passou foi assim, decidiu no Qatar, nos Emirados, no Fluminense. Pode ver que nos últimos dois ou três jogos da Libertadores ele chamou a responsabilidade. Fez o gol contra o Santos [1º jogo da semifinal], deu aquele passe para o Romarinho [no 1º jogo com o Boca na Argentina] e hoje fez dois gols. Foi assim a vida inteira, ele decide", acrescentou o irmão do atacante.
 
Cláudio deixou o Pacaembu identificado por alguns torcedores, experimentando uma notoriedade repentina, graças ao desempenho do irmão na final que acabara de acontecer em São Paulo.
 
Em sua camiseta, trazia uma foto de Emerson trajado como um árabe, em menção clara a seu apelido de Sheik. A roupa ainda trazia as mensagens "Abençoado" e "Nova Iguaçu conquista as Américas".
 
Por sua vez, Emerson falou nos vestiários do Pacaembu com moderação sobre o status de herói. O artilheiro da final disse que não gostaria de ser tratado de maneira especial, exaltou o grupo e ainda destacou as dificuldades da infância pobre no Rio de Janeiro.