Sheik pede para não virar herói e relembra infância difícil: "Pressão é medo de bala perdida"
Emerson Sheik foi a grande estrela da conquista do Corinthans na Libertadores, mas não quer ser um destaque individual. Na entrevista coletiva com a presença de seus dois filhos, o atacante fez um pedido aos jornalistas para que não fosse tratado como herói e relembrou sua infância difícil.
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"Quero pedir a vocês para não me terem como herói, é um pedido. O time todo está de parabéns por tudo que fez, cresceu desde o início da competição, a comissão fez um trabalho brilhante para que nós jogadores pudéssemos trabalhar tranquilos. Sozinho eu jamais faria", disse.
Na noite desta quarta-feira, o Corinthians realizou o maior sonho de sua torcida e sagrou-se campeão a Libertadores pela primeira vez na história com uma vitória por 2 a 0 sobre o Boca Juniors, no Pacaembu. Sheik marcou os dois gols do time alvinegro e foi eleito o melhor jogador da partida.
"Eu tive o passe do Paulinho, a bola não chegou voando. Vale lembrar que o Paulinho deu um passe sensacional, o Alex deu uma pressão no zagueiro, o Danilo desviou dos zagueiros. A gente não conquista nada sozinho, o grupo conquistou", disse.
Emerson relembrou os momentos complicados quando chegou a ser reserva do time e, principalmente, a infância difícil no subúrbio do Rio de Janeiro. "Pressão é deitar na cama e ter medo de uma bala perdida atingir seu corpo. Jogar no estádio lotado com vocês, com bola e grama novas é um privilégio. É momento de desfrutar, não de sentir medo ou pressão", disse.
O atacante revelou ainda um sonho em que marcava gols na final da competição. "Eu dormi achando que faria um gol. Desde o início do trabalho acreditava na possível conquista, em nenhum momento deixamos de acreditar. Tivemos momentos difíceis sim, respeitamos todas as equipes que enfrentamos. Vai demorar um tempo para a ficha cair, é ficar com a família e depois comemorar", disse.
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