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Libertadores - 2019

Conembol vai aumentar receita da Libertadores em 2013, mas brasileiros ganharão pouco

Rodrigo Mattos

Do UOL, em Zurique (SUI)

26/09/2012 06h00

 

A Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) projeta um bom aumento na renda da Libertadores para 2013, mas isso não refletirá em considerável incremento nos ganhos dos clubes brasileiros participantes da competição.

A entidade iniciou a negociação para o principal patrocinador da competição, posto ocupado pelo Banco Santander até este ano.  O contrato acabou em 2012, e a entidade começa analisar propostas entre elas a de renovação.  Se houver alteração no parceiro, mudará o nome do torneio.

“Estamos acertando os detalhes financeiros da competição. Cada confederação poderá chegar com uma proposta. Uma apresenta um banco, a outra, uma empresa. Ainda vamos analisar se vai mudar o Santander”, explicou o secretário-geral da Conmebol, José Luis Meiszner, que está na Suíça para reuniões da Fifa.

Ele contou que o contrato sempre fica desvalorizado no seu ano final. Por isso, espera um bom aumento nos ganhos com patrocínio. E ainda há uma possibilidade de prorrogação do contrato de televisão com a Fox Sports, que vai até 2018.

Ainda Meiszner avalia que deve aumentar “um pouco a cota dos clubes”. A questão é que os clubes brasileiros avaliam, no momento, ser muito baixa a cota paga pela Libertadores em comparação com competições nacionais. Por isso, reivindicavam um real crescimento nos valores pagos – atualmente, um campeão leva em torno de US$ 5 milhões.

“É que o mercado brasileiro cresceu muito e está muito acima do restante da América atualmente. Qualquer coisa que se pague aos clubes brasileiros eles vão achar pouco”, analisou Meiszner  para justificar as cotas reduzidas para padrões nacionais.

Para se ter uma ideia, no Brasileiro, um clube de primeira linha como o Corinthians leva cerca de R$ 100 milhões por ano por um total de 38 jogos. Na Libertadores, são cerca de R$ 10 milhões por 14 no caso do time campeão que comece na fase de grupos.

No Mundial, a ser disputado no Japão pelo Corinthians, a Fifa paga US$ 5 milhões ao campeão e US$ 4 milhões ao vice.