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Libertadores - 2019

Com enorme vantagem, São Paulo usa jogo na Bolívia como treino para restante da Libertadores

Os atacantes Aloísio e Luis Fabiano são duas das armas do São Paulo na Bolívia - Leandro Moraes/UOL
Os atacantes Aloísio e Luis Fabiano são duas das armas do São Paulo na Bolívia Imagem: Leandro Moraes/UOL

Do UOL, em São Paulo

30/01/2013 06h02

Nunca foi tão fácil para o São Paulo garantir uma vaga na fase de grupos da Libertadores. Diante do Bolívar, nesta quarta-feira, às 22h (de Brasília), na capital boliviana La Paz, o Tricolor pode até perder por quatro gols de diferença - ou de cinco se fizer um tento - para passar pela primeira fase e ingressar no grupo 3 da competição continental, ao lado do Atlético-MG, do boliviano The Strongest e do argentino Arsenal Sarandí.
 
Nem mesmo a altitude de 3,6 mil é considerada um grande problema, já que, além de jamais ter perdido nas quatro partidas que disputou na capital boliviana em sua história, o Tricolor ainda usará o duelo desta quarta-feira como um treino para uma eventual próxima fase, quando enfrentaria o The Strongest, no mesmo estádio Hernando Siles.
 
"É muito importante a gente se classificar primeiro. Mas já serve para termos a experiência para o jogo contra o The Strongest", comentou o goleiro Rogério Ceni, que exaltou o fato de o São Paulo ter goleado o Bolívar por 5 a 0 no jogo de ida, mas quer voltar da Bolívia com uma nova vitória. "É uma boa vantagem, mas vamos tentar uma segunda vitória. Nosso time está começando o ano e precisa de resultados positivos para ganhar mais confiança", acrescentou o camisa 1.
 
Com três gols marcados no dois jogos que disputou neste ano, o atacante Luis Fabiano foi quem mais esbanjou confiança. Ele lembra que basta Rogério não ser vazado para o time seguir na luta pelo tetracampeonato da Libertadores.
 
"Jogar em La Paz é complicado, mas é só não tomar gol que está tudo certo. O pior lá é dar piques. É difícil respirar, mas nossa vantagem é boa e não estamos preocupados. E vamos encarar esse jogo com responsabilidade e respeito", disse o camisa 9, que fez um gol em La Paz na vitória do São Paulo por 4 a 1 sobre o The Strongest, nas quartas de final da Sul-Americana de 2003.

Em alta, o técnico Ney Franco confia na sua defesa, mas garante que seu time vai jogar para frente. "Eu vou preparar o time da mesma forma como encararíamos qualquer outro time, tentar fazer gols na casa do adversário. Temos uma boa vantagem, mas será um jogo difícil. Montaremos uma equipe ofensiva, em busca de gols para tentar trazer mais uma vitória", falou o comandante tricolor.

Como optou por chegar em La Paz apenas horas antes do confronto com o Bolívar, o São Paulo espera não sentir tanto os efeitos da atitude, no que diz respeito aos problemas médicos, como eventuais dores de cabeça, ânsia de vômito e dificuldade de respirar. Mesmo assim, um balão de oxigênio deverá ficar no banco de reservas. Percalços como a maior velocidade da bola serão inevitáveis, mas suportáveis.

"A bola é mais rápida lá. Além do chute, há o perigo da bola cruzada, que perdemos um pouco do tempo. Quando acha que vai chegar, precisa dar um passinho para trás. Deixar passar para não ser enganado, principalmente porque não teremos tempo para treinar. Vai ser só o aquecimento do jogo", argumentou Rogério Ceni.

Apesar do respeito ao Bolívar, Ceni já fez até uma previsão sobre o grupo do Tricolor numa eventual e provável sequência na Libertadores. "A nossa chave é muito dífcil, em passando pelo Bolívar. Jogaremos na altitude, jogar na Argentina, nós já conhecemos bem, e o Atlético-MG é um grande time, talvez o favorito da nossa chave. Vamos ver se a gente consegue passar deles", comentou o capitão são-paulino.

Caso o São Paulo não passe vexame diante do Bolívar, ele fará a sua estreia na fase de grupos contra o Atlético-MG, no dia 13 de fevereiro, em Belo Horizonte.

FICHA TÉCNICA - BOLÍVAR X SÃO PAULO 
 
Local: Estádio Hernando Siles, em La Paz (BOL)
Data: 30/01/2013, quarta-feira
Horário: 22h (de Brasília)
Árbitro: Wilmar Roldan (COL)
Assistentes: Humberto Clavijo (COL) e Eduardo Diaz (COL)
 
BOLÍVAR: Arguello; Eguino, Gabriel Valverde, Nelson Cabrera e Álvarez; Miranda, Walter Flores e Rudy Cardozo; Juan Arce, William Ferreira e Yecerotte.
Técnico: Miguel Ángel Portugal
 
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Douglas (Paulo Miranda), Lúcio, Rhodolfo e Cortez; Wellington, Denílson e Jadson; Aloísio, Osvaldo e Luis Fabiano.
Técnico: Ney Franco