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Libertadores - 2019

Grêmio admite voltar ao Olímpico, mas diz que OAS precisa autorizar saída da Arena

Condições do gramado irritaram Luxemburgo e Grêmio tentará atuar no antigo estádio - Wesley Santos/Divulgação PressDigital
Condições do gramado irritaram Luxemburgo e Grêmio tentará atuar no antigo estádio Imagem: Wesley Santos/Divulgação PressDigital

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

15/02/2013 06h02

As reclamações públicas de Vanderlei Luxemburgo fizeram o Grêmio repensar o seu mando de campo para os jogos da Libertadores. Com o gramado da Arena ainda longe do ideal, o clube admite voltar ao Olímpico, mas vai precisar negociar com seus parceiros na construção do novo estádio.

Um possível retorno ao ‘Velho Casarão’, no bairro da Azenha, depende do aval da Arena Porto Alegrense, empresa criada pela construtora OAS em parceria com o Grêmio para administrar o novíssimo estádio.

“Não é uma decisão fácil, depende também da Arena Porto-Alegrense e até da Conmebol”, disse o presidente do Grêmio, Fábio Koff. “Nós inscrevemos os dois estádios na confederação sul-americana, mas indicamos a Arena por todas as razões já sabidas. Vamos ter que conversar”, acrescentou.

LUXEMBURGO RECLAMA DO GRAMADO E FÁBIO KOFF FALA EM 'CASTIGO' JUSTO

Se Vanderlei Luxemburgou praticamente centrou suas justificativas pela derrota no gramado da Arena, o presidente do Grêmio, Fábio Koff viu uma postura diferente da esperada em campo. Para o maior dirigente da história do clube, o time gaúcho atuou sem o espírito necessário na Libertadores. E a derrota para o Huachipato-CHI acabou sendo um ‘castigo’ justo. LEIA MAIS
As entradas de André Santos, Adriano e Barcos mudaram bastante o Grêmio. E para o meia Zé Roberto, as várias modificações afetaram no entrosamento do time. O camisa 10 ainda citou uma falta de empenho no primeiro tempo na análise da derrota para o Huachipato-CHI. LEIA MAIS
Vanderlei Luxemburgo admitiu a atuação fraca do Grêmio, reconheceu o nervosismo do time diante de uma marcação forte do Huachipato, mas elegeu o gramado da Arena como o grande vilão da derrota na estreia da fase de grupos da Libertadores. LEIA

A conversa entre Grêmio e as empresas vai tentar mudar as bases de um contrato de utilização do estádio novo. O acerto inicial era de preservar a Arena dos jogos do Campeonato Gaúcho, mas não atuar pela Libertadores no Olímpico.

Inaugurado em 1954, o Olímpico será repassado para a construtora OAS assim que as obras da Arena forem oficialmente concluídas. No cronograma original, a ‘troca de chaves’ estava prevista para o final de março. A data pode ser alterada justamente em função das más condições do campo da Arena.

“Acho que estamos pagando um preço pelas más condições do gramado. É uma reclamação antiga, não é de hoje. Os atletas já haviam reclamado do piso. A bola quica e você não sabe para onde vai”, comentou Koff.

Luxemburgo defende que o Grêmio transfira pelo menos alguns jogos para o Olímpico. O técnico citou o período de um mês. Assim, a grama da Arena poderia ser tratada de forma intensa.

O próximo jogo do Grêmio pela Libertadores em Porto Alegre está marcado para 5 de março, contra o Caracas-VEN. Pelo regulamento da Libertadores, o clube gaúcho precisa informar para Conmebol o estádio que será usado com 10 dias de antecedência.