Topo

Libertadores - 2019

Rigor da Conmebol com Corinthians não assusta São Paulo por confusão de 2012

João Paulo de Jesus Lopes, diretor do São Paulo, não teme punição ao clube - Robson Ventura /Folhapress
João Paulo de Jesus Lopes, diretor do São Paulo, não teme punição ao clube Imagem: Robson Ventura /Folhapress

Mauricio Duarte

Do UOL, em São Paulo

22/02/2013 14h38

A diretoria do São Paulo afirmou que não mudará sua linha de defesa para o julgamento sobre a confusão com o Tigre na final da Copa Sul-Americana do ano passado por causa do ocorrido com o Corinthians. A Conmebol rompeu com sua tradição de punições brandas ao determinar que o time do Parque São Jorge jogue sem torcida o restante da Libertadores por conta da morte de um torcedor do San Jose atingido por um sinalizador vindo da torcida corintiana.
 
Dado o rigor que a entidade mostrou em seu novo código de conduta, o São Paulo poderia também receber uma punição mais severa. Contudo, em contato com o UOL Esporte, o vice-presidente de futebol do clube, João Paulo Jesus Lopes, afirmou que não teme perder mandos de campo ou jogar sem torcida. 
 
“Não vou comentar sobre a situação de outros clubes, porque acho que não é ético. Mas em relação ao nosso caso, o São Paulo entende que não deu início aos fatos. A causa dos acontecimentos não vieram do São Paulo. Nós já encaminhamos nossa defesa e aguardamos o julgamento”, disse.
 
O dirigente contou que a defesa do São Paulo está amparada em uma “farta documentação” e que não acredita que o clube corra qualquer tipo de risco. “Nós documentamos fartamente nossa defesa para provar que não originamos a confusão. Estamos absolutamente tranquilos em relação a isso”, afirmou.
 
Na ocasião, os jogadores do Tigre alegaram terem sido agredidos no vestiário do Morumbi, por seguranças do São Paulo, e não voltaram para o segundo tempo. O time brasileiro vencia a partida por 2 a 0 e foi declarado campeão do torneio. O caso ainda espera julgamento do comitê disciplinar da Conmebol.

Conmebol rompe com histórico de omissão

  • A morte de um jovem boliviano atingido por um foguete sinalizador disparado por um torcedor do Corinthians durante partida da Copa Libertadores na cidade de Oruro (BOL), na última quarta-feira, entre o clube brasileiro e o San José, fez a Conmebol, entidade que rege o futebol sul-americano, romper com um histórico de impunidade a clubes envolvidos em incidentes de violência em jogos oficiais que vem desde a década de 1960. Leia mais