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Libertadores - 2019

Contra Arsenal, Atlético-MG busca apenas a 3ª vitória como visitante na Libertadores

Depois de vencer o São Paulo, em casa, Atlético-MG quer melhorar retrospecto fora - Marcus Desimoni/UOL
Depois de vencer o São Paulo, em casa, Atlético-MG quer melhorar retrospecto fora Imagem: Marcus Desimoni/UOL

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Belo Horizonte (MG)

26/02/2013 06h15

Contra o Arsenal, em Sarandí, nesta terça-feira, às 21h45, o Atlético-MG terá de superar a pouca tarimba internacional do time, que há 13 anos, por exemplo, não faz um jogo contra adversário estrangeiro pela Libertadores. E o retrospecto como visitante, em suas participações anteriores nessa competição, mostrou-se um obstáculo nas campanhas atleticanas. Em 11 partidas nessa situação, o alvinegro mineiro venceu apenas duas vezes.

Um dado ainda mais relevante. Todas as seis derrotas atleticanas na Libertadores, até o momento, aconteceram longe de seus domínios. No geral, o Atlético-MG tem pouca história em se tratando da Libertadores, competição que o time não disputava desde 2000. O clube fez apenas 22 jogos pelo torneio, tendo vencido nove vezes, empatado sete e sofrido seis derrotas.

Nos 11 jogos como visitante contra rivais estrangeiros, o Atlético-MG venceu apenas dois jogos e empatou três. As vitórias atleticanas fora de casa foram sobre o Palestino, do Chile, em 1978, por 5 a 4, em jogo na capital chilena, e o Cerro Porteño, do Paraguai, em 1981, por 1 a 0, na capital paraguaia.

Contra Arsenal, na Argentina, Atlético-MG tenta impor seu maior poderio financeiro

  • Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

    O técnico Cuca reconheceu que o futebol brasileiro vive melhor momento financeiro que os times da Argentina e vê os brasileiros com equipes mais fortes do que os rivais. Diante do Arsenal, na terça-feira, pela Libertadores, em Sarandí, o Atlético-MG defenderá em campo o alto investimento no futebol. “A gente é a segunda economia do mundo, a gente importa jogadores, ao invés de exportar, diferente do futebol argentino, isso nas dá a chance de montar equipes mais fortes financeiramente, mas o argentino sabe fazer jogador como ninguém, toda hora brota novos jogadores”, disse Cuca.

Um dos jogadores atleticanos que mais atuou em jogos internacionais do clube, o meia-atacante Paulo Isidoro, que esteve em campos de fora do país em 36 oportunidades, destaca que o Atlético precisa superar a desconfiança e o pouco conhecimento internacional do clube, para conseguir êxito na Libertadores.

“É um time que teve glórias em vários torneios internacionais, principalmente nas décadas de 70 e 80, quando participou de torneios importantes e venceu, na Holanda, Alemanha. Mas nos últimos anos têm ficado de fora desses jogos e isso pode complicar. A torcida está animada em voltar a Libertadores depois de muitos anos”, disse Paulo Isidoro, que defendeu as cores atleticanas nas décadas de 70 e 80.

“As dificuldades na Argentina serão grandes para o Atlético, que sofrerá com a catimba dos times de lá, que são chatos, o estádio é pequeno, eles atiram objetos, gritam, vaiam, intimidam. Não é fácil e o time precisa se acostumar com a Libertadores”, acrescentou o ex-jogador atleticano.

O principal momento do Atlético em competições internacionais foi no bicampeonato da Conmebol, competição que rivalizava com a Libertadores, mas não existe mais. O clube conseguiu os títulos nas temporadas de 92 e 97.

Até 2000, o Atlético realizou 222 jogos internacionais, oficiais e amistosos, disputados contra times e seleções, com 117 vitórias, 55 empates e 50 derrotas. De 2007 a 2013, fora 12 jogos internacionais apenas contra clubes de fora do Brasil, com três vitórias, quatro empates e cinco derrotas.

O lateral esquerdo Júnior César minimiza o tempo sem disputar a competição e vê o Atlético forte. “Tem de fazer o que fez ano passado, jogar bem, para frente. Temos jogadores experientes, que já disputaram grandes competições, então não vamos sentir”, destacou o atleta que já esteve em Sarandí, em 2010, pelo Fluminense.