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Libertadores - 2019

No retorno a São Januário, Felipe elogia estádio e ganha 'moral' com Abel

30.jan.2013 - Estreante Felipe tenta a jogada durante jogo do Fluminense contra o Friburguense - Bruno Turano/Photocamera
30.jan.2013 - Estreante Felipe tenta a jogada durante jogo do Fluminense contra o Friburguense Imagem: Bruno Turano/Photocamera

Renan Rodrigues

Do UOL, no Rio de Janeiro

19/04/2013 14h02

A Libertadores começou de maneira complicada para o meia Felipe, do Fluminense. Sem ser relacionado para os quatro primeiros jogos da primeira fase, o armador de 35 anos teve que aguardar sua vez, atrás de Deco e Wagner na preferência do técnico Abel Braga. Com a contusão do camisa 20, o espaço se abriu, e Felipe foi relacionado para o duelo contra o Caracas, na última quinta-feira. Reencontrou pela primeira vez o estádio de São Januário, onde viveu momentos de glória e outras tantas polêmicas com a camisa vascaína.

O meia começou a partida na reserva, com Wagner atuando entre os titulares. No segundo tempo, teve o nome pedido pela torcida. Abel atendeu e colocou Felipe em campo por volta dos 23 minutos. Foram dois bons passes que quase resultaram em gol, tranquilidade e controle do meio-campo. Na saída, foi bastante exaltado pela torcida e elogiou o clima criado em São Januário, que recebeu pouco mais de 12 mil pessoas.

"O Fluminense vinha fazendo boa Libertadores. Nada melhor que terminar a primeira fase vencendo dentro de casa. Estava faltando isso: a vitória em casa. Foi uma derrota e um empate. São Januário caiu bem para a gente.  Campo com boas dimensões e dá para a torcida jogar junto, porque fica pertinho. Está todo mundo de parabéns, primeiro objetivo foi conquistado que era a classificação", declarou o meia, que atuou em nove jogos nesta temporada.

Na coletiva, o técnico Abel Braga deu detalhes de como foi a contratação do jogador em janeiro, após ele ter tido um atrito com o diretor executivo René Simões. Segundo o técnico do Fluminense, Felipe quase foi jogar no exterior, mas acabou convencido a atuar no tricolor. O comandante elogiou o comprometimento do meia com os treinamentos e a postura do armador em não reivindicar uma vaga na equipe titular, como aconteceu no passado.

"Trabalhamos juntos em 2005, no Flu, e ele desequilibrou algumas vezes. Mas a torcida não entendeu muito sua ida para o Qatar. Faz parte da profissão. Quando foi contratado, algumas pessoas nas redes sociais deram um parecer negativo, quase 80%. Então ele foi mostrando o cara que é. Disse que queria retribuir aquele momento [de 2005]. Hoje você vê o torcedor pedindo para ele entrar em campo, sendo ovacionado, é legal. A torcida só está fazendo esses caras ficarem motivados".

"Ele tem consciência. Quando contrato, ligo para o cara e explico: 'é assim, assim e assim'. Mas com ele não foi isso, não foi preciso. Conheço o Felipe fora do campo e não é a toa que ele está jogando com a idade que tem. É como o Zé Roberto, Juninho. Primeiro a chegar no clube, sendo um dos jogadores que mora mais longe. Disse que chegaria num time montado, inclusive para o banco, mas tivemos problema no ano passado e ficamos sem dois meias. Liguei e falei 'camarada, não vou deixar você terminar tua carreira fora do Brasil podendo encerrar comigo'", finalizou Abel.

Classificado em primeiro no grupo 8, o Fluminense enfrenta o Emelec nas oitavas de final da Libertadores. O primeiro jogo acontece no Equador. Os jogadores se reapresentam nesta sexta-feira, às 15h30, nas Laranjeiras. Antes da Libertadores, o grupo tricolor encara o Bangu no domingo, pela última rodada da fase de grupos da Taça Rio.

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