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Libertadores - 2019

Atlético-MG vive momento mais difícil do ano, mas retrospecto dá esperança

Atlético aposta no bom desempenho atuando no "caldeirão" do Independência - Marcus Desimoni/UOL
Atlético aposta no bom desempenho atuando no "caldeirão" do Independência Imagem: Marcus Desimoni/UOL

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Belo Horizonte

05/07/2013 06h00

O Atlético-MG vive o momento mais complicado da temporada. Com a derrota para o Newell’s Old Boys, por 2 a 0, no primeiro jogo da semifinal da Libertadores, a equipe do técnico Cuca vive situação de pressão com a possibilidade de ser eliminada do torneio. Porém, a favor do alvinegro mineiro é a relação de força com a torcida atuando no “caldeirão” do Independência.

Atuando no estádio do Horto, local da partida da próxima quarta-feira, o Atlético mostra ser bem possível reverter a vantagem dos argentinos e vencer por diferença superior a dois gols. Em 14 oportunidades, o time mineiro venceu por três ou mais gols de diferença. Em outras sete, conseguiu o 2 a 0, resultado que levaria a disputa para os pênaltis.

Torcedores atleticanos manifestam apoio aos jogadores em Rosário e BH

  • Bernardo Lacerda/UOL

    A derrota para o Newells Old Boys, por 2 a 0, no primeiro jogo da semifinal da Libertadores, não tirou a confiança da torcida do Atlético-MG. A delegação atleticana ganhou apoio até bastante entusiasmado na chegada do hotel, após o jogo, na área de embarque do aeroporto em Rosário e na chegada no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A recepção mais calorosa recebida pelos atletas atleticanos foi no hotel em Rosário, pouco tempo após o jogo. Um grupo de 50 torcedores foi até a porta e manifestou integral apoio e confiança na reversão do placar na partida da próxima quarta-feira, em Belo Horizonte. O alvinegro precisa de vitória por três gols de diferença para se classificar diretamente à final ou por 2 a 0 para levar a decisão aos pênaltis.

Se levado em conta os 52 jogos de invencibilidade no estádio do Horto, onde o time não perde há mais de um ano, em 40% das partidas os atleticanos conseguiram o placar que mantém o clube vivo na Libertadores. A situação dá uma ingestão de ânimos nos atletas após o revés em Rosário, na quarta-feira passada.

“Temos que fazer uma partida impecável, sabemos que as coisas ficaram mais difíceis com os 2 a 0, mas não tem nada perdido e vamos tentar agora a reabilitação”, comentou o volante Pierre, um dos líderes do grupo atleticano.

Apesar dos números favoráveis e a força do Independência, que se transforma em um “caldeirão”, no padrão argentino, o momento atleticano é de pressão e incerteza. A torcida se mostra bastante receosa com a chance de ser eliminado em casa.

Cansados e sem dormir, atleticanos ganham folga para por 'pés para o alto'

  • Bernardo Lacerda/UOL

    A maratona de três dias em Rosário se encerrou para o Atlético-MG apenas às 8h da manhã desta quinta-feira, com a chegada da delegação ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins. Depois de quase 24 horas sem dormir, os jogadores atleticanos reconheceram cansaço pela maratona de volta da Argentina e a necessidade de "colocar o pé para o alto" para descansar e se recuperar das dores. "A gente acredita na vitória e na classificação, vamos colocar perninha para o alto, tratar quem tem que tratar, recuperar quem tem que recuperar, para todo mundo chegar firme na quarta-feira", disse Diego Tardelli. Ele é um dos que precisará de tratamento, por causa de dores musculares, para ficar ?110%? para a decisão da vaga à final da Libertadores.

“Situação que ninguém esperava, derrota com dois gols de diferença, as coisas complicam um pouco, mas nada difícil de reverter, ainda mais sabendo da nossa força em casa, vamos trabalhar firme porque na quarta vai ser um jogo completamente diferente”, disse Pierre.

Apesar do momento de pressão, o apoio será grande até a próxima quarta-feira. A situação já se iniciou ao final do jogo em Rosário, quando torcedores lá presentes foram para a porta do hotel passar motivação aos atletas, situação que se repetiu no aeroporto de Rosário, quando o time deixou o local sobre o gritos de “Galo” e “eu acredito” e na chegada em BH, quando a delegação foi recepcionada pela torcida.