Clima de caldeirão e área residencial 'unem' Defensores e Independência

A exemplo do Independência, onde o Atlético se mantém invicto há 38 jogos e que foi vetado para a finalíssima da Libertadores, o Estádio Defensores del Chaco, local do jogo de ida com o Olímpia, nesta quarta-feira, às 21h50, está localizado em uma área residencial. Embora fisicamente sejam diferentes, o clima de ‘caldeirão’ une os dois estádios.

Na porta principal do Defensores del Chaco, é possível encontrar bares, farmácia e muitas casas. As ruas próximas ao Defensores del Chaco são estreitas e os carros passam até com certa dificuldade.

“É um estádio diferente, tem um formato diferente, as arquibancadas são alta, então faz um barulho diferente do normal. Nós moradores aqui perto escutamos a torcida, convivemos com esses barulhos”, observou Ramon, dono de uma lanchonete próxima ao Defensores del Chaco.

No trajeto dos hotéis para o estádio, o torcedor atleticano encontrará um clima todo voltado para a torcida do Olimpia, já que ambulantes vendem, na rua principal, que leva o nome do estádio, camisas e bandeiras do clube alvinegro.

O que chama atenção no estádio da final são as grandes estruturas de ferro de arquibancada que dão para a parte de fora pelo alto. De longe, cerca de 1 km é possível se avistar o Defensores del Chaco, em função da altura da sua construção.

A torcida atleticana deverá comparecer em bom número ao local da partida. Cerca de 1600 torcedores adquiriram entradas para a partida. As pessoas chegam aos poucos em Assunção, vindas de Belo Horizonte e São Paulo, em voos fretados ou ônibus.

No melhor estilo ‘caldeirão’, o Atlético não terá facilidade e enfrentará forte pressão do torcedor do Olimpia. Os aficionados do clube local prometem fazer um mosaico de 360º, durante a entrada do time em campo. O tema, porém, é mantido em sigilo. Além disso, fogos e sinalizadores serão utilizados para “amedrontar” o alvinegro mineiro.

Brasileiro que mora no Paraguai já há algum tempo, Eduardo Augusto testemunha mudanças no quesito segurança no palco do primeiro jogo da final da Libertadores. “Não tem tido mais confusões, está tudo mais seguro, a polícia age rápido, as punições em cima das torcidas e dos clubes ajudou a mudar o estilo de torcer. Não acredito que o Atlético tenha problemas nisso”, disse Eduardo Augusto.

Mesmo assim, a preocupação com a segurança por parte da polícia é grande. Cerca de dois mil policiais trabalharão na partida. O policiamento reforçado acompanhará os torcedores atleticanos e também do Olimpia durante horas antes do começo do jogo e ao seu final.

Para evitar problemas nas ruas próximas ao estádio, que são acanhadas, a polícia definiu um raio de isolamento de carros de cerca de 150 metros próximo ao Defensor del Chaco. Com isso, torcedores e jornalistas terão de andar um pedaço a pé para chegar ao local.