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Torcida do Atlético tem de soprar bafômetro para entrar no Defensores del Chaco

Torcedores do Atlético-MG conseguiram entrar no estádio após passar por bafômetro - AFP PHOTO / Norberto Duarte
Torcedores do Atlético-MG conseguiram entrar no estádio após passar por bafômetro Imagem: AFP PHOTO / Norberto Duarte

Bernardo Lacerda

Do UOL, em Assunção (PAR)

17/07/2013 20h29

Os torcedores do Atlético-MG, que estão em Assunção para o primeiro jogo da final da Libertadores, foram surpreendidos com uma exigência da polícia paraguaia: a obrigação de se submeter aos testes do bafômetro para entrar no Estádio Defensores del Chaco.

“Bebi uma cerveja mais cedo, mas acho que não acusou nada, porque eles me deixaram entrar normalmente. Consegui entrar, mas acho um desrespeito você ser obrigado a soprar bafômetro, bebida não é crime e tenho direito de beber”, comentou Roberto Andrade, um dos atleticanos presentes ao Defensores del Chaco.

De acordo com os torcedores atleticanos, que chegaram cedo ao estádio, por medida de segurança, quando o bafômetro marcava 0,3 de teor alcoólico, os próprios policiais providenciavam água para beber e pão para comer. Depois de algum tempo, o torcedor fazia novamente o teste e ai podiam entrar.

O estudante Luiz Gustavo, 25 anos, disse que o seu exame deu teor de 0,2 de álcool. “Ganhei uma garrafa de água do policial, que me deixou entrar. Nunca tinha visto isso, já tinham me falado sobre essa exigência, mas não acreditei, achei que era brincadeira”, destacou o atleticano.

Caras pintadas barrados

O teste do bafômetro não foi a única surpresa para os torcedores do Atlético-MG ao chegarem para o primeiro jogo da decisão da Libertadores, contra o Olimpia, no Defensores del Chaco, nesta quarta-feira. Os atleticanos que estavam com os rostos pintados, nas cores do time, foram obrigados a lavar os rostos pelos policiais.

Homens e mulheres, que estavam com os rostos com tinta, tiveram de procurar um lugar com água para lavar o rosto e só depois disso tiveram acesso ao interior do Defensores del Chaco. Além disso, objetivos como máscaras, chapéus e adereços, como a tradicional crista de Galo também foram proibidas pela polícia paraguaia.

Um policial, que apreendeu alguns desses objetos, com torcedores atleticanos, explicou a medida como necessária para facilitar a futura identificação de torcedores, em caso de algum problema. Os objetivos proibidos ficaram do lado de fora do estádio.