Reunião na Conmebol é cancelada, mas Cruzeiro envia lista de reclamações
Depois do presidente da Conmebol, Eugênio Figueredo, informar que teria uma reunião com uma comitiva do Cruzeiro nesta sexta-feira, o encontro foi cancelado. A diretoria celeste encaminhou uma representação formal com um ofício contendo as reclamações do clube e as adversidades enfrentadas no Peru, incluindo a manifestação racista da torcida local contra o volante Tinga.
O clube mineiro enviou o ofício por meia da Federação Mineira de Futebol e da Confederação Brasileira de Futebol, ainda na noite de quinta-feira. Em conversa com o mandatário da entidade, o Cruzeiro obteve a resposta de que eles já estavam a par da situação pelas reportagens, imagens e repercussão que o ocorrido ganhou na imprensa internacional.
Segundo o diretor de comunicação Guilherme Mendes, agora o clube aguarda providências da entidade. Ele nega que o Cruzeiro tenha exigido punição aos peruanos, mas a diretoria celeste espera atitude enérgica da Conmebol, dentre elas que a cidade de Huancayo não possa receber mais jogos da Libertadores.
Além das cenas deprimentes de torcedores imitando sons de macacos quando o volante Tinga pegava na bola, o time celeste sofreu com a falta de luz no dia de treinamento, a falta de água no vestiário e as condições precárias do estádio, que tem problemas considerados graves, como a pista de atletismo muito próxima ao gramado.
O comitê disciplinar da Conmebol deve fazer um julgamento célere sobre o caso. O regulamento da competição prevê como pena mínima uma multa de US$ 3 mil e vai até a eliminação da equipe no torneio.
Pela repercussão do caso gerando manifestações até figuras políticas importantes, como a presidente Dilma Rousseff, e o presidente peruano, Ollanta Humala Tasso, o Cruzeiro ganhou fortes aliados neste protesto diante da entidade sul-americana. O próprio ministro do Esporte, Aldo Rebelo, ligou para Eugenio Figueredo cobrando medidas severas.
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