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Cruzeiro tenta evitar maior vexame em longa trajetória na Libertadores

Do UOL, em Belo Horizonte

21/03/2014 06h00

Com o empate diante do Defensor Sporting, por 2 a 2, depois de abrir dois gols de vantagem, o Cruzeiro ficou em situação extremamente complicada na Libertadores e precisará buscar a classificação nas duas últimas rodadas para evitar o maior vexame da sua história na competição sul-americana, que seria a primeira eliminação na fase de grupos em 14 participações.

Historicamente habituado com a competição sul-americana, o clube nunca ficou de fora da fase de mata-mata em nenhuma das 13 edições anteriores. Para evitar o pior e a eliminação precoce do atual campeão brasileiro, o time terá o desafio de vencer as duas próximas partidas e conquistar o primeiro triunfo fora de casa.

O grande problema para a pífia campanha da equipe celeste até o momento foi o desempenho como visitante, já que perdeu as duas partidas jogando longe de seus domínios, para o Real Garcilaso, na estreia, por 2 a 1, e para o próprio Defensor Sporting, por 2 a 0, no Uruguai. Se quiser manter as chances de classificação, o time terá que superar a Universidad de Chile na próxima rodada, em Santiago.

Apesar da situação difícil, o técnico Marcelo Oliveira demonstrou confiança em uma reação da equipe. “Depois do que aconteceu vamos lutar mais ainda por esses dois resultados. Não estamos buscando nada inimaginável, temos condições de ganhar lá no Chile e trazer a decisão para cá, encher novamente e ganhar o jogo (contra o Real Garcilaso). Temos que ser mais decisivos e talvez mais maduros para proteger o resultado no momento certo”, afirmou.

Com cinco pontos a menos que a Universidad de Chile e três atrás do Defensor Sporting, a missão do Cruzeiro é vencer os próximos dois jogos para alcançar os 10 pontos e tentar fazer um bom saldo de gols para levar a melhor em um possível desempate. Mas para conseguir uma vitória fora de casa o time terá que melhorar os defeitos apresentados nas duas primeiras partidas, especialmente em Montevidéu.

“Contra o Real Garcilaso, apesar da altitude, o Cruzeiro procurou jogar, fez o gol, teve chance de fazer o segundo. Foram duas bola paradas que resolveram o jogo, a trajetória da bola na altitude que não conseguimos interceptar, lá apesar do campo ruim e tudo que aconteceu, a gente fez um bom jogo, não foi tão ruim quanto como foi contra o Defensor”, disse o treinador, que viu o time passivo contra os uruguaios.

Embora o time que entrou com o favoritismo pelo título tenha deixado a desejar e faça a pior campanha entre os brasileiros ao lado do Flamengo, Marcelo Oliveira não perde a esperança e garante mobilização total para buscar a reviravolta diante dos chilenos.

“Se pensar que não tem capacidade, não adianta nem ir lá, você tem que estar forte e trabalhar bem, preparar bem, saber que é difícil ganhar no Chile, apesar de ganharmos deles de 5 a 1, porque é um time muito bom. Temos a possibilidade de ganhar, vamos lutar por isso, criar uma mobilização forte para ganhar lá e trazer a decisão para aqui”, reiterou.

Além do próprio jogo contra os chilenos, a torcida pelo Real Garcilaso diante do Defensor Sporting pode ser fundamental para a classificação. Caso o time uruguaio seja derrotado pelo peruano, o Cruzeiro se igualaria aos rivais em número de pontos com uma vitória na próxima rodada, ou até mesmo manteria a chance de classificação com um empate, já que chilenos e uruguaios se enfrentam na última rodada.

Nessa situação, os brasileiros não poderiam alcançar a La U na pontuação e teria que torcer por uma vitória da Universidad em Montevidéu. Mas para não depender de outros resultados, a única alternativa do time de Marcelo Oliveira é vencer nas próximas duas rodadas e fazer um bom saldo de gols.