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Antes contestado, El Tanque já faz falta e aumenta pressão sobre Henrique

Bernardo Gentile

Do UOL, no Rio de Janeiro

01/04/2014 06h07

A situação de Tanque Ferreyra mudou da água para o vinho no Botafogo. Se em seu início de trajetória, a torcida apenas reclamava de suas caneladas, agora aprendeu a valorizar o argentino e, principalmente, comemorar os gols decisivos marcados por ele. O problema é que o atacante está suspenso pelo terceiro cartão amarelo e desfalcará o time diante do Unión Española, nesta quarta, pela Libertadores, no Maracanã.

De contestado a fundamental, Tanque Ferreyra fez com que seu substituo tenha uma missão ingrata diante dos chilenos, em jogo que poderá confirmar a classificação e primeira colocação com uma rodada de antecedência. O escolhido pelo técnico Eduardo Hungaro é Henrique, que vive seu melhor momento no Botafogo.

Após uma temporada inteira sem marcar gols, o ano de 2014 se iniciou de forma diferente para o jogador. Henrique foi um dos poucos que se salvou do fracasso do Botafogo no Campeonato Carioca e aproveitou a competição para reconquistar a confiança da torcida e comissão técnica. Porém, ele terá uma dura missão pela frente: substituir Tanque Ferreyra.

Não que o argentino esteja no nível de seu compatriota Lionel Messi, mas é que o Botafogo passou a jogar em função de Tanque Ferreyra e, entre outras jogadas, tem na bola aérea uma boa alternativa para conseguir as vitórias, como ocorreu no triunfo sobre o Independiente José Terán-EQU: 1 a 0. Com gol de cabeça do atacante.

Com Henrique em campo, o estilo de jogo muda completamente. Logo de cara, o porte físico é diferente. O argentino tem 1,91m e 86kg, contra 1,77m e 77kg do companheiro. E os 14cm e 9kg de diferença resulta em uma maior mobilidade para o próximo titular. E é justamente nessa mobilidade que o Botafogo aposta diante do Unión Española.

“Time não muda. O Hungaro pediu para dar mais profundidade e mobilidade ao time. Pressionar na marcação e fazer o time fluir”, disse o atacante. “O Tanque está muito bem, mas não vejo dessa forma [responsabilidade ainda maior de substituí-lo]. Jogar no Botafogo já é responsabilidade grande, na Libertadores mais ainda. Jogador de futebol esta acostumado a viver com grandes responsabilidades. Vou entrar como sempre faço. Jogadores e técnico me deixam a vontade para render o meu melhor”, completou Henrique.

Se julgar pelos números, Tanque Ferreyra e Henrique sofrem empate técnico. Os dois foram titulares neste início de temporada – um na Libertadores e outro no Carioca. Ambos estão empatados na artilharia do Botafogo com cinco gols. Portanto, credenciado para ser o substituto do argentino, o brasileiro espera corresponder dentro de campo, marcar gols e ganhar a torcida.

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