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Autuori admite falha da estratégia atleticana: "Criamos muito pouco"

Do UOL, em Belo Horizonte

24/04/2014 01h24

A tática defensiva utilizada pelo Atlético-MG na derrota para o Atlético Nacional, por 1 a 0, em Medellin, nesta quarta-feira, irritou muitos torcedores do clube. O técnico Paulo Autuori reconheceu que a forma de jogar não deu certo e admitiu que o objetivo prioritário era o de não perder fora de casa e se possível ganhar o jogo.

“Falhamos nisso hoje. Criamos muito pouco, não tivemos a bola no campo adversário, erramos as saídas que poderiam ser mortais”, comentou o treinador, que, no entanto, evitou qualquer tipo de lamentação, alegando “coerência”. Ele reconheceu que foi justa a vitória do Atlético Nacional.

 “Uma coisa na vida que não faço é lamentar. Não podemos pensar que fomos injustiçados por ter sofrido um gol, o Galo ganhou muitos jogos no final, jogos importantes e decisivos. Seria uma falta de coerência da minha parte lamentar isso, de maneira alguma, não é meu estilo, não vou fazer isso, tento ser o mais coerente possível”, disse Autuori.

O Atlético adotou uma tática defensiva na partida. O time ficou fechado no campo de defesa apostando no contra-ataque. O alvinegro mineiro pouco criou e mais sofreu pressão, tendo em Victor a sua grande figura. Autuori reconheceu que seu pensamento foi segurar o adversário.

“Hoje, demos muita iniciativa de jogo ao adversário, não trabalhamos a bola dentro do campo adversário como gostaríamos fazer, no primeiro tempo estavam tendo dificuldades nesta troca rápida da direita para a esquerda, no segundo tempo a gente conseguiu não permitir que isso acontecesse”, acrescentou Autuori.

Autuori reconheceu que o Atlético não conseguiu atacar o time adversário. “Viemos muito para trás, deveríamos ter saído um pouco mais, temos qualidade para ter a bola no campo adversário com mais tranquilidade, com melhor qualidade e nas poucas vezes que tivemos erramos a saída, o passe, nada a lamentar”, disse.

“O adversário fez um bom jogo, diferente daquilo que se joga no Brasil, principalmente no primeiro tempo, com troca de passes, passes longos, o que dificulta muito. Sofremos muito no primeiro tempo, no segundo conseguimos arrumar isso, mas no segundo retrocedeu, demos chances para o adversário ficar próximo do nosso gol”, analisou.