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Cheio de estrangeiros e com R$ 73 mi em reforços. Quem é o Tigres?

Francês Gignac foi a contratação de maior impacto do Tigres na janela - AFP PHOTO/JULIO CESAR AGUILAR
Francês Gignac foi a contratação de maior impacto do Tigres na janela Imagem: AFP PHOTO/JULIO CESAR AGUILAR

Jeremias Wernek

Do UOL, em Porto Alegre

15/07/2015 10h00

Uma verdadeira Torre de Babel enfrentará o Internacional nesta quarta-feira (14), no Beira-Rio. Com jogadores de oito nacionalidades diferentes e contratações que até parecem de Football Manager – clássico jogo virtual de futebol, o Tigres é a grande surpresa da Copa Libertadores. Sustentado por uma fabricante de cimento, o clube da cidade de Monterrey sonha com algo que nenhum outro mexicano jamais conseguiu. E tem uma influência brasileira para se arriscar.

É que antes de investir mais de R$ 73 milhões na última janela de transferências, o Tigres já contava com o técnico Ricardo Ferretti. Ex-jogador do Botafogo, ele foi o comandante do último título nacional do clube – em 2011. Com cidadania mexicana, é o artífice de um time veloz e com grande poder de fogo.

Voltando de pré-temporada, o Tigres também chega ao Beira-Rio precedido pela fama que ganhou com suas contratações. A promessa mexicana Jürgen Damm custou o equivalente a R$ 30 milhões junto ao Pachuca. Javier Aquino exigiu R$ 17 milhões em tratativa no Villarreal e Uche também trocou o time espanhol pelo México por mais R$ 12,5 milhões. Mas nenhum outro nome causou mais impacto que André-Pierre Gignac. Vice-artilheiro do último campeonato francês pelo Olympique Marseille, o centroavante estava livre, mas custará aproximadamente R$ 12 milhões por temporada.

“O Tigres me parece que foi o time que melhor se reforçou, mas reforços não garantem títulos sozinhos. É preciso mostrar no campo. Mas ser um time humilde, que trabalhe todos os jogos do mesmo jeito”, disse Damm ao jornal Record do México.

A dinheirama para pagar por tudo isso vem do fanatismo da torcida, mas principalmente da Cemex. A companhia mexicana que produz cimento chegou a criar um braço esportivo para financiar clubes e o Tigres é a bola da vez. Com os recursos do parceiro, o time buscou Rafael Sóbis em dezembro – após o atacante rescindir com o Fluminense.

Desde 1998 times mexicanos participam da Libertadores e três deles já chegaram perto da consagração. Cruz Azul, América e Chivas Guadalajara. O Tigres tentará ir além com sua legião de estrangeiros.