Santos chama funcionário de registro da Conmebol como testemunha de Sánchez
A estratégia de defesa do Santos quer implicar a própria Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) como responsável direta por uma eventual escalação irregular de Sánchez diante do Independiente.
Em sua defesa, o Alvinegro arrolou como testemunha Alberto Gomes, um dos responsáveis pela Unidade Disciplinar da Conmebol, seção responsável pelos registros na entidade que rege o futebol do continente.
Além de Gomes, os santistas pedem a presença do delegado da partida no julgamento desta segunda-feira. O clube alega que ele foi até o vestiário e disse que todos os atletas estavam em condições de jogo. O Santos se baseia nas informações do Comet (sistema de inscrições da Conmebol) para alegar sua inocência no caso.
Mario Bittencourt, advogado do Santos, sustenta na defesa que o River Plate, time pelo qual Sánchez atuava quando foi suspenso em 2015, não fez constar no TMS (sistema de transferências regulado pela Fifa) que havia alguma pendência quando o negociou com o Monterrey, no ano seguinte. Os mexicanos, por sua vez, não repassaram a questão ao Santos, que escalou o jogador sem ter ciência de um possível problema, acreditando que estava respaldado ao consultar os sistemas da Fifa e da Conmebol.
“É obrigatório que o TMS informe que o jogador carrega uma posição, e o River disse que nada constava (quando o negociou com o Monterrey). O Santos consultou os sistemas e viu que estava tudo certo”, disse ele ao UOL Esporte.
Antes da defesa por escrito, o Santos enviou ofício a Conmebol cobrando que a entidade conceda ao clube no “caso Sánchez” a mesma decisão que tomou envolvendo o jogador Bruno Zuculini, do River Plate. Neste caso, a entidade máxima do futebol sul-americano alegou falta de denúncia de adversários, além de alegar que o River consultou a entidade por escrito para verificar se ele estava apto a atuar, e por isso não puniu os argentinos por escalação irregular.
"A Conmebol tenta diferenciar os casos dizendo que o River consultou por escrito, mas ela, Conmebol, também informou que o atleta podia jogar. Ou seja, ela também se equivocou. A gente acredita que ela tenha se equivocado porque ela também consulta o Comet", afirmou Bittencourt em entrevista à Fox Sports.
O caso será julgado às 15 horas (de Brasília) de segunda-feira (27), na véspera do reencontro entre as equipes pelas oitavas de final da Copa Libertadores da América.
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