Criticado pela PM, Cuca pede desculpa e reitera respeito aos policiais
Cuca, técnico do Santos, pediu desculpa à Polícia Militar do Estado de São Paulo pela atitude tomada na noite desta terça-feira, ao intervir enquanto um policial dava uma gravata com um braço em um torcedor que havia invadido o campo.
“Venho através desta nota me desculpar com toda a instituição da Polícia Militar por ter agido instintivamente e na adrenalina do jogo. Lamento se causei qualquer tipo de constrangimento ao interferir no trabalho destes profissionais que tanto respeito. Entendo que eles estavam ali para proteger não só a mim, mas os jogadores e os próprios torcedores”, disse o treinador.
A PM chamou de "irresponsável" a atitude e afirmou que os policiais escalados para o jogo são "atletas altamente capacitados e treinados em artes marciais".
"É importante ressaltar que os policiais militares empregados neste tipo de contenção são todos atletas altamente capacitados e treinados em artes marciais, justamente para imobilizar pessoas em conduta antissocial, sem lhes causar ferimentos ou qualquer tipo de sequela".
A confusão teve início aos 36 minutos do segundo tempo da partida entre Santos e Independiente-ARG, no Pacaembu. Bombas foram lançadas em direção ao campo e torcedores chegaram a invadir o gramado. A Secretaria de Esportes e Lazer de São Paulo estimou em mais de 60 cadeiras quebradas na confusão.
Em entrevista coletiva após jogo, Cuca falou sobre o incidente; segundo ele, os policiais estavam usando "força exagerada" para conter o torcedor que invadiu o campo.
"Foi uma força exagerada em cima do menino, e violência gera violência. Está errado o rapaz invadir o campo, mas não precisa fazer daquele jeito. Eu disse que estava asfixiando ele; não levei porrada, nada, já passou e não tem nada demais. Respeito e muito o trabalho da polícia", declarou Cuca, que diz ter dito ao policial que ele estava "matando o menino" com um golpe de gravata.
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