Final fora da Argentina? Tapetão? O que sabemos sobre River x Boca
A Copa Libertadores de 2018 se tornou uma incógnita. Afinal, o que era para ser decidido no último fim de semana, com uma esperada final entre River Plate x Boca Juniors, acabou cancelado e agora não tem data ou qualquer direcionamento sobre qual decisão a Conmebol irá tomar sobre a realização (ou não) do segundo jogo da decisão entre as duas maiores instituições futebolísticas da Argentina. Uma reunião nesta terça-feira entre as diretorias dos clubes e da entidade devem ajudar a elucidar os questionamentos.
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Todas as dúvidas nascem do ataque de torcedores do River Plate ao ônibus do Boca Juniors no sábado, horas antes daquele horário até então definido para a despedida da competição (18h, de Brasília). Jogadores saíram feridos, como o capitão bostero Pablo Pérez, e o clube mais popular da Argentina decidiu não jogar. Nem no domingo houve bola rolando no Monumental de Nuñez, e a final continua aberta após o 2 a 2 em La Bombonera.
Reunião para decidir local do jogo
O primeiro passo para se decidir sobre o futuro de River Plate x Boca Juniors será dado nesta terça-feira (27), em Luque, no Paraguai. Na sede da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), dirigentes dos dois clubes e da entidade sul-americana vão decidir a data e o local do segundo jogo. A Fifa já "lavou as mãos" e disse que não vai intervir.
G-20 segura Buenos Aires na semana
A Conmebol tem um empecilho em relação à data da decisão. A partir de quarta-feira, toda a segurança da capital estará direcionada para receber os líderes mundiais que vão à reunião do G-20. O presidente argentino Mauricio Macri, dono de um passado íntimo com o Boca Juniors, deve ter ao lado nomes como Donald Trump (Estados Unidos), Vladimir Putin (Rússia), Angela Merkel (Alemanha), Xi Jinping (China), Emmanuel Macron (França) e Justin Trudeau (Canadá).
A província de Buenos Aires já manifestou que não há qualquer possibilidade de dividir a polícia para também garantir a segurança de um River x Boca no próximo fim de semana, data na qual o efeito no calendário seria menor. O encontro do G-20, que também deve contar com a presença do presidente Michel Temer, será realizado na sexta-feira (30) e sábado (1).
Correria por Mundial de Clubes
Sem o próximo fim de semana livre, a Conmebol precisa correr contra o tempo. O Mundial de Clubes da Fifa tem início marcado para o próximo dia 12, nos Emirados Árabes Unidos. A estreia do representante sul-americano vai ocorrer somente em 18 de dezembro, no entanto. São apenas 11 dias entre o fim da reunião do G-20 e o começo da competição no Oriente Médio. Quem vencer entre River e Boca terá menos tempo de se preparar, planejar logística de viagem...
Final fora da Argentina? Nem pensar
Desde o cancelamento do jogo de domingo, boatos alimentaram a possibilidade de a final ocorrer fora da Argentina. Até a cidade de Gênova se candidatou a receber o superclássico argentino. Entretanto, os planos devem ser frustados. Pelo fato de o Boca ter contado com La Bombonera no duelo da ida, a Conmebol quer manter a “igualdade de condições” no confronto da volta: ou seja, um estádio na Argentina – provavelmente o próprio Monumental – com público do River Plate.
Tapetão? O Boca quer punir o River
Há uma pressão dentro do Boca Juniors para a partida não ocorrer. Desde o ataque ao ônibus de sábado, jogadores e dirigentes do clube entraram em conflito com o presidente Daniel Angelici, que procurou uma solução mais diplomática e até cogitou entrar em campo horas depois das pedradas na direção da delegação.
A postura, todavia, mudou de um dia para o outro. No domingo, Angelici adotou uma postura mais rígida e pediu punições severas ao River Plate. O Boca Juniors entrou com uma representação na Conmebol, se recusou a atuar no domingo e promete levar a disputa pelo título para os tribunais.
A representação do Boca tem como base o artigo 18 do regulamento da Conmebol, que pode determinar até mesmo o resultado favorável ao time de Tevez, Benedetto e companhia, em virtude das falhas do River Plate na estrutura para a finalíssima.
Jogadores do Boca feridos
A maior parte dos atletas chegou ao Monumental de Nuñez sofrendo as consequências do gás de pimenta disparado pela polícia no sábado. Contudo, somente dois atletas do elenco saíram feridos e sob um cuidado maior dos médicos.
O meio-campista e capitão Pablo Pérez teve diagnosticado uma úlcera na córnea do olho esquerdo e precisou passar pelo oftalmologista, assim como o jovem Gonzalo Lamardo, que nem relacionado estava para o confronto e só acompanhava a delegação.
Pérez segue em recuperação e deve ter condições para a partida da volta, já que a reunião do G-20 obrigatoriamente empurra a decisão da Copa Libertadores para, no mínimo, a primeira semana de dezembro.
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