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Presidente argentino cobra Justiça do país sobre falhas em River x Boca

Macri criticou a ação da Justiça argentina nos episódios de violência do fim de semana - Natacha Pisarenko/AP Photo
Macri criticou a ação da Justiça argentina nos episódios de violência do fim de semana Imagem: Natacha Pisarenko/AP Photo

Do UOL, em São Paulo (SP)

26/11/2018 16h57

O esquema de segurança feito pela Polícia de Buenos Aires para River Plate x Boca Juniors, pela final da Copa Libertadores, virou alvo de críticas assim que o ônibus da equipe xeneize foi atingido por objetos arremessados pelos torcedores rivais. Nesta segunda-feira (26), a Justiça recebeu um questionamento ainda mais pesado por parte do presidente da Argentina, Mauricio Macri.

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Ao falar pela primeira vez do episódio que resultou no adiamento da segunda partida da decisão, que seria realizada no sábado, no Monumental de Nuñez, o político mais importante do país sul-americano reclamou da impunidade comum no futebol do país e cobrou rigor.

“Não entendo essa reação da Justiça. Precisamos de um sistema que garanta que quem não cumpra a lei seja punido. Não há razão para que tenhamos que militarizar a cidade só por causa de um espetáculo esportivo”, declarou Macri, que quer um trabalho em conjunto para solucionar este problema de segurança pública na Argentina.

Os episódios de violência nas ruas próximas ao Monumental de Nuñez ocorrem depois de uma batida policial na casa de Héctor “Caverna” Godoy, presidente da Borrachos del Tablón, a principal organizada do River.

Além de dinheiro, a polícia apreendeu na última sexta-feira, véspera da partida, centenas de ingressos cedidos para a decisão da Libertadores.

Macri, para complementar o fato de ter citado a "reação da Justiça", afirmou que o líder tem participação direta no caso e vê uma represália dos organizados à ação policial.

“Investigamos durante meses e chegamos ao chefe da ‘barra’ [Borrachos del Tablón], com quem encontraram milhões de pesos e 300 entradas para a final. Foi registrado como contravenção e soltaram-no, agora ele é apontado junto a outros como os que organizaram a agressão”, acrescentou.

“Necessitamos que os juízes, fiscais, forças de segurança e cada um de nós cidadãos trabalhe para terminar com a violência”, completou.

Fora o ataque de torcedores do River Plate ao Boca Juniors, ato considerado o estopim para o cancelamento da decisão no último fim de semana, conflitos entre próprios torcedores do River Plate e furtos (tanto de ingressos quanto de carros localizados próximos ao estádio) foram relatados e gravados.