Liga dos Campeões expõe crise de zagueiros, mas Neymar salva selecionáveis
A Liga dos Campeões da Uefa viu na última quarta-feira um pouco do “velho” Neymar. Em um dia ruim para os defensores convocados pelo técnico Luiz Felipe Scolari, o camisa 11 do Barcelona cumpriu quase todo o repertório que o conduziu ao estrelato: fez uma grande jogada individual no segundo tempo, concentrou a maioria dos lances ofensivos da equipe catalã e ainda cavou a falta e o pênalti que definiram a vitória por 3 a 1 sobre o Milan.
Neymar só não foi mais destaque do que o “velho” Lionel Messi. O argentino chegou ao jogo contra o Milan vivendo um jejum de três partidas, o maior dele desde 2011. No entanto, marcou duas vezes e ratificou o status de algoz dos italianos – foram oito gols em oito partidas contra a equipe de Milão na Liga dos Campeões.
“É um jogador sempre brilhante. É o melhor do mundo”, elogiou Neymar quando questionado sobre Messi, que recebeu da Fifa o prêmio de melhor do planeta nas últimas quatro temporadas.
A jogada mais espetacular da vitória do Barcelona, contudo, não foi de Messi. Neymar recebeu uma bola na esquerda, arrancou em direção à área e deixou quatro marcadores para trás antes de finalizar à esquerda de Abbiati.
“Faltou o gol. Espero fazer melhor na próxima vez”, disse o brasileiro, que ainda não marcou com a camisa do Barcelona na Liga dos Campeões da Uefa.
No mesmo jogo em que Neymar chamou atenção, um atacante convocado por Luiz Felipe Scolari para a seleção brasileira que enfrentará Honduras e Chile em amistosos decepcionou. Robinho foi titular no Milan, mas produziu pouco e acabou substituído no intervalo.
Entre os jogadores de setor ofensivo, o mais constante foi Willian. Revelado pelo Corinthians, o meia-atacante do Chelsea foi titular e deu uma assistência para Eto’o na vitória por 3 a 0 sobre o Schalke 04.
Oscar e Ramires também foram titulares, mas pouco apareceram na vitória do Chelsea. Pior ainda foi o zagueiro David Luiz, titular da seleção brasileira, que ficou no banco de reservas. Segundo o tabloide britânico “Daily Star”, ele perdeu a posição porque o técnico José Mourinho o considerou culpado pela derrota para o Newcastle no fim de semana.
David Luiz, contudo, não foi o único zagueiro de Felipão que ficou no banco. Thiago Silva, voltando de lesão, também foi reserva no Paris Saint-Germain. Ele entrou no lugar de Marquinhos, outro atleta convocado para a seleção, aos 17min do segundo tempo do empate por 1 a 1 com o Anderlecht.
Na vitória do Bayern de Munique sobre o Viktoria Pilsen, o zagueiro brasileiro Dante também ficou no banco.
O zagueiro brasileiro que mais chamou atenção na quarta-feira foi Miranda, que anotou o primeiro gol do Atlético de Madri na vitória por 4 a 0 sobre o Áustria Viena. O lateral-esquerdo Filipe Luis e o atacante Diego Costa, que preteriu a seleção brasileira, também balançaram as redes nesse jogo.
Entre os atacantes, Hulk teve uma quarta-feira irregular. O jogador marcou o gol do Zenit no empate por 1 a 1 com o Porto, mas perdeu um pênalti – a cobrança foi defendida pelo também brasileiro Helton.
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