Goleados da Liga dos Campeões reveem seus algozes. O que fazer?
A última rodada da Liga dos Campeões teve goleadas em profusão: Bayern de Munique, Shakhtar Donetsk, Chelsea, Atlético de Madri, Borussia Dortmund e Real Madrid venceram seus compromissos com folga. Duas semanas depois, os derrotas vão rever seus algozes. O que Roma, Bate Borisov, Maribor, Malmo, Galatasaray e Liverpool podem fazer para se recuperar?
A julgar pelo que dizem as equipes, pouco. O reencontro imediato é uma armadilha da tabela da Liga dos Campeões, que inverte a tabela da fase de grupos depois dos jogos de ida. Com isso, quem foi atropelado na primeira vez precisará se reerguer quase que imediatamente.
Parece muito para um time como a Roma, que depois de levar 7 a 1 do Bayern de Munique em casa só venceu um de seus três jogos pelo Italiano e está em crise. Por mais que se diga que na Alemanha tudo será diferente, como fez o meia Strootman, é difícil imaginar um troco à altura. A primeira batalha que se deve encarar, aparentemente, é a luta pela dignidade.
Com muitos desfalques para o jogo da próxima quarta, o técnico Rudi Garcia chamou os jogadores para uma conversa e pediu mais “personalidade”. Os jornais italianos preveem que, com ou sem essa disposição, a Roma deve jogar mais preocupada com a defesa, preocupada que está com o setor.
Não ser goleado de novo já seria grande coisa e minimizaria os efeitos do vexame inicial. É mais ou menos assim que pensam os torcedores do Liverpool, que nesta terça encontrarão o Real Madrid, time em melhor forma no planeta hoje em dia.
Se para muitos um 3 a 0 não é uma goleada, o de duas semanas atrás, em Anfield, foi um golpe duro para o Liverpool. Foi a maior derrota dos ingleses em sua casa, a primeira para o Real Madrid. Uma queda feia em um duelo de gigantes. Se compararmos o duelo a uma luta de boxe, se pode dizer que o jogo desta terça é o segundo round. Uma nova pancada, então, pode significar o nocaute do Liverpool na temporada.
“Essa é uma grande oportunidade de mostrarmos que somos um time de primeiro nível”, almeja o meia Jordan Henderson. “Nós certamente não somos um time que está esperando perder e pensar nos próximos jogos. Nós vemos como uma oportunidade, e não uma ameaça”, disse Brendan Rodgers, técnico do Liverpool.
Discurso de time grande, de quem vai encarar o rival de frente. Mas será que o Liverpool, às voltas com Balotelli e empacado na sétima colocação do Inglês, poderá fazer frente ao Real Madrid que fez 24 gols nos últimos seis jogos, incluindo duelos contra Barcelona e o próprio Liverpool?
Para quem não tem de se preocupar com grandeza, a missão é mais fácil. Age Hareide, técnico do modesto Malmo, não hesitou em dizer que levou uma “aula” do Atlético de Madri há duas semanas, quando levou 5 a 0 na capital espanhola. Em casa, pediu mais energia e marcação, mas não escondeu que sairá satisfeito se não for atropelado novamente.
É mais ou menos essa a missão de Bate Borisov e Maribor, coadjuvantes da fase de grupos da Liga que serviram de sparring para Shakhtar Donetsk e Chelsea. O Galatasaray, que está em um nível acima desse grupo, já desenha um cenário mais desesperador para o reencontro com o Borussia Dortmund. Depois de levar 4 a 0 na ida, precisa vencer bem para não ser eliminado precocemente.
“Nós vamos fazer de tudo para deixar nossos torcedores felizes. Eles vão ver outro time amanhã [terça], um time que dá o máximo”, disse Cesare Prandelli, comandante da equipe turca.
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