Luis Enrique muda tradição tática do Barça e dá "nó" em Guardiola
No meio do jogaço entre Bayern e Barcelona, Luis Enrique chamou a atenção das redes sociais ao gesticular de forma desesperada com os dedos para seus jogadores. A cena correu pelo Twitter e mostra de maneira direta como os catalães pararam o seu criador, Pep Guardiola. Com os dedos, o técnico pedia a Neymar, Messi e companhia que eles formassem um 4-1-4-1 em campo:
Não se confunda pela profusão de números dos esquemas táticos. Essa formação imprime uma mudança sensível no jogo do Barcelona, que desde antes de Guardiola joga com três homens de meio-campo e três no ataque, sendo dois deles pontas abertos (4-3-3).
Na variação de Luis Enrique, Busquets é o volante que mais recuado, que fica à frente da defesa, enquanto Neymar e Messi deixam o ataque para alinharem ao lado de iniesta e Rakitic. Isso significa que os dois passarão mais tempo longe do gol rival do que o normal. Em compensação, povoam o meio-campo e atrapalham o time rival, conhecido por trabalhar a bola e usar essa área do campo para criar.
Quer entender melhor como funciona o posicionamento da dupla? Veja a comparação entre o mapa de calor de Neymar no primeiro e no segundo jogo e repare como a segunda imagem mostra o brasileiro muito mais ativo no meio-campo, com aparições mais esporádicas (e ainda assim decisivas) na frente.
“Estava bem orientado porque obrigamos o rival a atacar e correr riscos. Sabemos das características dos nossos jogadores e das situações que nos favorecem. Com o 4-1-4-1 queríamos fechar o jogo interior deles. Foi difícil porque eles têm qualidade e são uma equipe bem treinada, mas estou contente com o rendimento dos meus jogadores”, disse Luis Enrique.
Nesse esquema, era fundamental que o Barcelona conseguisse atacar com velocidade e precisão, e quem viu o jogo pode confirmar que foi exatamente assim que aconteceu. Neymar matou o jogo com dois gols em jogadas rápidas de Messi para Suárez, que ganhou sozinho dos zagueiros no ataque e serviu bem o brasileiro.
Foi o golpe final na disputa entre dois técnicos que jogaram juntos no Barcelona e são amigos até hoje. Na primeira partida, foi Guardiola quem tentou inovar atuando com três zagueiros, só que a tática não funcionou e ele teve de voltar ao esquema tradicional em minutos. Mesmo assim, levou 3 a 0 no Camp Nou, placar que acabou por decidir a semifinal.
A vitória tática naquele que é considerado o melhor treinador do mundo é só mais um motivo de comemoração para Luis Enrique, que está a três vitórias de conquistar os três títulos possíveis da temporada. Ao longo da temporada, o treinador que se notabilizou pelos entreveros com as principais estrelas provou que seu esquema de revezamento é eficaz: foi o único dos semifinalistas da Liga que terminou a temporada sem problemas de lesões.
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