Ele custou R$ 500 mil, conheceu "City da pobreza" e pode levar time à final
A inédita classificação para a final da Liga dos Campeões da Europa de um milionário clube que torrou 536,3 milhões de euros (mais de R$ 2,1 bilhões) para montar seu elenco atual está nas mãos do jogador que conheceu o Manchester City na época das “vacas magras”.
Se não sofrer gols contra o Real Madrid, nesta quarta-feira, na capital espanhola, o goleiro Joe Hart, 29, conseguirá levar o clube inglês no mínimo até a decisão por pênaltis da semifinal da Champions.
O camisa 1 é o único nome da equipe dirigida por Manuel Pellegrini que chegou ao City antes de 2008, quando o clube foi comprado por um fundo de investimento ligado à família real de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, e se tornou um dos “novos ricos do futebol europeu”.
Natural de Shrewsbury, cidade a cerca de 90 km de Manchester, Hart foi contratado pelo hoje semifinalista da Champions em 2006, quando tinha apenas 19 anos e pouco depois de decidir que seguiria mesmo a carreira de jogador de futebol, e não de críquete, sua outra paixão de adolescência.
O custo da transferência parece até uma piada para um clube que atualmente gasta como se dinheiro desse em árvores: só 100 mil libras (R$ 513 mil). O valor é menor que as 110 mil libras (R$ 564 mil) que o goleiro hoje recebe semanalmente do City como salário.
Apesar de ter sido contratado para ser o segundo reserva de sua posição, Hart estreou na Premier League já em 2006. Fez apenas um jogo, contra o Sheffield United, não levou gol e agradou.
Mesmo assim, começou a ser emprestado a equipes menores para ganhar experiência. Jogou no Tranmere Rovers, no Blackpool e no Birmingham, clube onde se destacou a ponto de ser convocado pela seleção inglesa para a disputa da Copa do Mundo-2010.
Após o Mundial da África do Sul, retornou a um já milionário City para assumir a titularidade, de onde não saiu mais.
Na melhor campanha da história do time inglês na Champions, Hart tem sido uma figura essencial.
O goleiro defendeu um pênalti batido por Ibrahimovic, astro do PSG, nas quartas. E, no primeiro jogo da semifinal contra o Real, foi um dos melhores em campo, garantiu o 0 a 0 e impediu que o City fosse derrotado em casa.
Parece brincadeira do destino, mas a inédita classificação de um time marcado pela gastança para a decisão da Champions depende do único cara que conhece o clube desde os tempos de “pobreza”.
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