Paulinho maravilhou Barça, mas "sumiu" após lesão e perdeu decisão com Roma
A temporada de Paulinho no Barcelona é um sonho interrompido em seu clímax. O meio-campista maravilhou clube, torcida e imprensa logo em suas primeiras semanas na Catalunha, conquistou a titularidade e se estabilizou com naturalidade impressionante. Mas desde a lesão sofrida em janeiro não conseguiu repetir o seu melhor, e na última terça-feira (10) ele viu do banco de reservas a equipe ser eliminada da Liga dos Campeões pela Roma.
Vindo da China, Paulinho foi considerado um reforço de alto risco e precisou superar grande desconfiança na Espanha. Ele teve algumas chances já em setembro e admirou os torcedores no 6 a 1 sobre o Eibar, seu primeiro jogo como titular, no qual fez gol e deu assistência a Messi. Ali o brasileiro começou a consolidar seu espaço no concorrido meio-campo do Barça.
A adaptação meteórica permitiu a Paulinho disputar terreno em rodízio com Busquets, Rakitic, Iniesta e André Gomes. Foi a partir de novembro que o camisa 15 emplacou sequência como titular, e aí exibiu ótimo futebol, menos agudo mas com atuações ainda mais sólidas do que no início da temporada.
“Ele se relaciona bem com o gol”, elogiou o técnico Valverde após o meia fazer dois nos 4 a 0 sobre o Betis. Após vitória sobre o Real Madrid, até Zidane se rendeu e o chamou de “jogador-chave” do Barcelona. Foi nesta época que o jornal Mundo Deportivo elegeu o brasileiro como melhor estreante no Campeonato Espanhol.
Na virada do ano Paulinho viveu sua melhor fase, fazendo gols com frequência, mas uma microfratura no pé interrompeu a crescente. Foi em 17 de janeiro, durante derrota para o Espanyol; ele sofreu entrada dura e jogou no sacrifício por pouco mais de meia hora. De lá para cá, não conseguiu ser o mesmo.
O meio-campista chegou a receber visita do fisioterapeuta da seleção brasileira, Caio Mello, que o ajudou a vencer as dores do problema no quinto metatarso do pé direito. O incômodo de Paulinho durou cerca de vinte dias, ainda que no período ele continuasse sendo relacionado e até aparecendo por alguns minutos em campo.
Não à toa Paulinho foi um dos piores na visita ao Chelsea, pelas oitavas da Liga dos Campeões, em 20 de fevereiro. “Parecia o Paulinho do Tottenham”, reclamou a imprensa espanhola. Duas semanas depois ele perdeu titularidade no jogo da volta, e “desapareceu”: foi discretíssimo nos jogos que fez e barrado da partida de ida contra a Roma (entrou no segundo tempo). No último dia 7, não saiu do banco no duelo com o Leganés; e o mesmo aconteceu na derrota por 3 a 0 para a Roma, que custou a eliminação da Liga dos Campeões.
Apesar dos altos e baixos, Paulinho ainda se sustenta entre os mais utilizados pelo técnico Ernesto Valverde. Ele tem 29 aparições no Campeonato Espanhol, no qual fez oito gols (atrás só de Messi e Suárez) e mantém média de 87% de passes certos (número no nível de Iniesta). Todos esses números denotam uma primeira temporada de bastante destaque no Barcelona, que deve ser coroada com título: seja da Copa do Rei, em que o time está na final contra o Sevilla; seja na La Liga, em que a vantagem na liderança é de 11 pontos.
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