Com Maracanã como xodó, Neymar enfrentará clima hostil em "filial" sérvia
O maior palco do futebol brasileiro já recebeu noites inesquecíveis do principal craque do país na atualidade. Foi no Maracanã, no Rio de Janeiro, que Neymar brilhou contra a Espanha na final da Copa das Confederações e se emocionou ao assegurar o ouro olímpico na Rio 2016. Todo o ambiente favorável, entretanto, não será encontrado no quase homônimo sérvio. Diante do Estrela Vermelha nesta terça-feira (11), a partir das 18h (de Brasília), no Marakana, o camisa 10 do PSG deve encarar um tratamento hostil.
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O estádio Rajko Mitic Stadium, que vai receber o último jogo do Paris Saint-Germain pela fase de grupos da Liga dos Campeões, carrega o nome popular da Meca do futebol brasileiro desde a década de 1960, quando chegou a receber mais de 100 mil pessoas em clássicos com o Partizan. O nome fixou e se tornou popular até os dias de hoje entre os torcedores sérvios.
No Marakana (com K), palco com capacidade para pouco mais de 50 mil pessoas na atualidade, Neymar encontrará um ambiente totalmente diferente ao do brasileiro. Se o cenário na decisão contra a Espanha e na final da Rio-2016 era favorável e convidativo para o craque, o estádio em Belgrado carrega a fama de ser um dos mais hostis contra os adversários do Estrela Vermelha.
Nesta Liga dos Campeões, o palco já fez a diferença para a equipe da casa. Os quatro pontos conquistados no Grupo C foram em Belgrado: empate sem gols com o Napoli e vitória histórica por 2 a 0 sobre o Liverpool, que chega na última rodada em terceiro justamente por perder no Marakana.
A equipe britânica, inclusive, adotou uma postura extremamente cautelosa ao visitar Belgrado. O Liverpool não levou o meia suíço Xherdan Shaqiri para o jogo, temendo uma reação desproporcional do público, em virtude de uma provocação política do atleta durante a Copa do Mundo.
Na vitória sobre os sérvios na Rússia, o jogador, que tem origem albanesa, provocou ao jogar com a bandeira de Kosovo na chuteira e ainda imitar uma ave símbolo do orgulho albanês.
Diante de um dos ambientes mais complicados para visitantes, o PSG depende apenas de si para avançar às oitavas de final da Champions League. A equipe de Neymar soma oito pontos, dois a mais do que o Liverpool, que recebe o Napoli também nesta terça-feira, na Inglaterra. Os italianos lideram com nove, enquanto o Estrela Vermelha tem quatro após cinco confrontos disputados.
Duas noites inesquecíveis na "matriz"
As lembranças de Neymar quando se cita o nome Maracanã são inesquecíveis. Em duas noites, o craque brasileiro somou atuações marcantes e decisivas com a camisa da seleção brasileira. O retrospecto é extremamente positivo, mas muito breve para quem carrega o papel de líder técnico da equipe há quase uma década - a estreia ocorreu depois da queda nas quartas de final da Copa de 2010.
Há cinco anos, Neymar esteve presente (e de maneira decisiva) de uma das grandes noites da seleção brasileira desde o pentacampeonato em 2002. Com um golaço e assumindo o jogo, o atacante participou da vitória por 3 a 0 sobre a Espanha, que assegurou o título da Copa das Confederações de 2013.
A outra noite inesquecível no Maracanã veio três anos depois da conquista sobre os espanhóis. Embalado pelos dois gols anotado na semifinal contra Honduras, Neymar assumiu o papel de protagonista na conquista do ouro olímpico inédito na história do futebol brasileiro.
O hoje craque do PSG anotou um belo gol de falta no empate por 1 a 1 contra a Alemanha e ainda converteu o pênalti decisivo, responsável por colocar o Brasil no lugar mais alto do pódio. Assumiu de fato o papel de "dono" da decisão no Maracanã.
Agora resta ao atacante transportar estas boas memórias para a "filial" sérvia, a fim de carimbar a passagem do Paris Saint-Germain para a etapa mais nobre da principal competição europeia.
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