02/05/2010 - 07h19

Tabu em final de Mineiro favorece Atlético-MG diante do Ipatinga

Gustavo Andrade

Em Belo Horizonte

Correa pede respeito ao Ipatinga para evitar surpresa no domingo

Para ser campeão mineiro, o Atlético-MG tem, além da vantagem de poder perder por um gol de diferença para o Ipatinga, neste domingo, às 16h (horário de Brasília), no Mineirão, um tabu de mais uma década a seu favor. Desde 1997, o vencedor do primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro não deixa escapar o título na partida de volta.

Em estaduais decididos em dois jogos – regulamento adotado em nove das últimas 12 edições –, a última vez em que o campeão conseguiu reverter desvantagem da primeira partida aconteceu há 13 anos. Na edição de 1997, o Villa Nova venceu em Nova Lima por 2 a 1, mas foi derrotado pelo Cruzeiro no Mineirão por 1 a 0. Como tinha feito melhor campanha na primeira fase, a equipe celeste jogava com a vantagem de vitória e derrota pela mesma diferença de gols e se sagrou campeã.

Embora o retrospecto recente das decisões estaduais esteja ao lado do Atlético, o volante Correa ressalta que a equipe alvinegra precisará de muita atenção para chegar ao 40º título mineiro. “O tabu existe para ser quebrado e nós jogadores temos de estar concentrados. Conseguimos uma boa vantagem, considerável, mas temos que respeitá-los para consolidar essa conquista. O Ipatinga já deu mostras do que é capaz no Mineirão. Então temos de estar atentos. O torcedor vai estar eufórico, mas, dentro de campo, vai ser uma batalha muito difícil”, afirmou.

Na decisão desta edição, o Atlético se sagrará campeão até com derrota por um gol, já que venceu a primeira partida por 3 a 2 e obteve melhor campanha na primeira fase. Enquanto o time alvinegro foi o terceiro colocado na fase inicial, a equipe do Vale do Aço ficou com a quinta colocação.

Campeão mineiro em três oportunidades desde 1997, o Atlético consolidou sua vantagem da primeira partida por duas vezes, diante do Cruzeiro. Em 2000, a equipe alvinegra venceu o primeiro jogo por 2 a 1 e ergueu a taça após empate em 1 a 1 na volta. Já em 2007, houve goleada atleticana por 4 a 0 na primeira partida decisiva. Mesmo com derrota por 2 a 0 para o arquirrival, o torcedor alvinegro pôde comemorar o 39º título estadual.

Em 1999, o Atlético foi campeão em disputa de três jogos contra o América. A equipe americana venceu o primeiro jogo, enquanto o segundo o jogo terminou empatado. Como havia feito melhor campanha na primeira fase, o time alvinegro se sagrou campeão ao vencer a terceira partida da decisão.

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Por duas vezes neste século, em confrontos decisivos entre Cruzeiro e Ipatinga, o primeiro jogo da decisão do Estadual terminou empatado. Em 2006, o empate aconteceu no Mineirão e o time celeste foi campeão ao vencer a partida de volta no Ipatingão. No ano anterior, houve igualdade no Vale do Aço e o Ipatinga venceu o Cruzeiro em Belo Horizonte para conquistar seu primeiro e único título do Mineiro.

Já em 2003, o Estadual foi disputado em turno único. A equipe então comandada por Vanderlei Luxemburgo somou mais pontos e o Cruzeiro ergueu a taça. Na edição anterior, a Caldense levou o Campeonato Mineiro, que não teve a participação de Atlético, Cruzeiro e América. Na disputa do Supercampeonato, o time celeste somou o mesmo número de pontos que a Caldense, mas foi campeão por ter alcançado maior saldo de gols.