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Mineiro - 2019

Com um gol contra nos descontos, time titular do Cruzeiro vence América-TO

Wallyson comemora o primeiro gol do Cruzeiro, em jogo decidido por um gol contra - LEONARDO MORAIS/HOJE EM DIA/AE
Wallyson comemora o primeiro gol do Cruzeiro, em jogo decidido por um gol contra Imagem: LEONARDO MORAIS/HOJE EM DIA/AE

Do UOL Esporte

Em Belo Horizonte

26/02/2011 18h04

Com o mesmo time que na última quarta-feira goleou o Guarani do Paraguai, por 4 a 0, pela Libertadores, o Cruzeiro sofreu, mas aos 48 min do segundo tempo, com um gol contra de Rodrigo Sena, venceu o América de Teófilo Otoni, por 2 a 1, na tarde deste sábado, no estádio Nassri Mattar, naquela cidade do Vale do Mucuri. Apesar das dificuldades, o time celeste conseguiu seu quarto triunfo seguido levando-se em conta a Libertadores e o Mineiro. Com a vitória, o time celeste quebrou a invencibilidade do adversário.

CONFIRA OS PRINCIPAIS LANCES

PRIMEIRO TEMPO
7 min - Boa troca de passes do Cruzeiro na entrada da área adversária, Montillo toca para Victorino que chuta rasteiro no canto esquerdo mas a bola explode na defesa
9 min - O lateral-esquerdo Bruno Barros cobra falta da esquerda, o zagueiro Jadson cabeceia para fora
16 min - Wellington Paulista chuta de fora da área no canto direito porém a bola passa com perigo ao lado do gol
41 min - Bola foi mal recuada, quando Wellington Bruno ia finalizar, o goleiro Fábio ritou a bola, que bateu em um zagueiro celeste e ia entrando. Gil salvou com um chutão
42 min - GOOOLLL DO CRUZEIRO!!! Wallyson recebeu passe de Montillo e bateu de perna esquerda, a bola bateu no marcado e ba volta, de esquerdo, ele colocou a bola nas redes
SEGUNDO TEMPO
8 min - Wellington Paulista chuta de bico e Fábio Noronha faz a defesa, com dificuldade
13 min - GOOOLLL DO AMÉRICA - T.O.!!! Jonathas Obina recebe lançamento, no meio da zaga celeste, e chuta para vencer Fábio e empatar o jogo
29 min - Marquinhos Paraná solta um torpedo de fora da área e Fábio Noronha se estica todo e espalma impedindo o que seria o segundo do Cruzeiro
33 min - Montillo de cabeça serviu Farias que finalizou e o goleiro Fábio Noronha defendeu com uma das mãos. Os jogadores cruzeirenses, que estava perto do lance, alegaram que a bola entrou
37 min - Bola lançada na área do Cruzeiro, Rodrigo Sena desvia de cabeça mas Fábio espalma. A bola sobra para Leandro Ávila que manda a bola para o fundo do gol. Mas, o jogo já está parado marcado o impedimento do atacante do América
48 min - GOOOLLL DO CRUZEIRO!!! Bola rasteiro cruzada na área do América e Rodrigo Sena coloca contra o próprio gol

O América de Teófilo Otoni entrou em campo como um dos três times ainda invictos no certame. Os outros dois são Atlético e América, que se enfrentam, neste domingo, às 16h, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Ao mesmo tempo, a equipe local tentava sua primeira vitória em seus domínios, já que havia empatado em 1 a 1 com a Caldense, em seu único jogo como mandante. Como visitante, havia vencido o Uberaba (5 a 3) e empatado com Democrata-GV e Tupi, ambos por 1 a 1.

O Cruzeiro, que entrou em campo com o mesmo time que goleou o Guarani do Paraguai, na quarta-feira passada, em seu segundo triunfo seguido pela Libertadores, não teve vida fácil diante do América-TO. Ao contrário do seu compromisso anterior pelo Estadual, quando derrotou o Ipatinga, por 2 a 0, em Sete Lagoas, o técnico Cuca não “preservou” nenhum titular. Na próxima quarta-feira, na Colômbia, o clube mineiro visita o Deportes Tolima.As dificuldades foram imensas, mesmo com o time da capital jogando quase todo o segundo tempo com um jogador a mais, por causa da expulsão de Wellington Bruno.

O América-TO iniciou o primeiro tempo com um uniforme promocional, em que estavam estampadas na camisa 320 fotos 3x4 de torcedores do time, que pagaram R$ 500 cada um, totalizando R$ 160 mil. “É uma iniciativa do departamento de marketing do clube para homenagear nossos torcedores, que sempre nos acompanham”, explicou o zagueiro Júnior Pereira, que não voltou para o segundo tempo, assim como a camisa especial, substituída pelo uniforme 2, mas sem os retratos.

E os titulares cruzeirenses enfrentaram um cenário adverso. O campo pequeno e com gramado irregular, além do Carlo muito forte, em torno de 40 graus. Apesar disso, as mudanças feitas por Cuca não levaram em conta o compromisso pela Libertadores. Marquinhos Paraná, que foi atendido pelo médico celeste duas vezes no primeiro tempo, continuou em campo até o final.

Apesar do calor forte em Teófilo Otoni, na tarde deste sábado, o primeiro tempo começou movimentado, com o Cruzeiro pressionando e tentando as finalizações, enquanto o América procurava explorar os contra-ataques. Dessa forma, a partida era agradável para os torcedores que lotaram o estádio Nassri Mattar. A primeira chance foi cruzeirense, aos 7 min, quando recebeu bom passe de Montillo e chutou, mas a bola bateu na zaga.

Com o passar do tempo, no entanto, os jogadores dos dois times sentiram o desgaste em função do calor e reduziram o ritmo. Além disso, a partida passou a ficar truncada, com muitas faltas cometidas por ambos os lados para parar as jogadas ofensivas. O América adiantou seu posicionamento e passou a atacar mais o adversário.

Apesar de ter maior presença ofensiva, o time local não conseguia levar perigo ao goleiro Fábio. O Cruzeiro, por sua vez, tinha dificuldades para penetrar na área da equipe do interior. O argentino Montillo, que nos primeiros minutos tinha liberdade para criar jogadas, passou a ser marcado de perto por dois jogadores adversários. Restava ao time de Cuca as tentativas de longe, mas os atacantes celestes erravam o alvo seguidamente.

Aos 41 min, o América teve chance de abrir o marcador, em lance confuso na área celeste. No primeiro, Fábio salvou e depois foi Gil. No minuto seguinte, no entanto, a equipe cruzeirense fez o gol. Wallyson recebeu passe de Montillo e teve de chutar duas vezes para colocar a bola nas redes de Fábio Noronha. “Fui feliz, a segunda bola que chutei e tive a felicidade de fazer o gol, mas a equipe está bem no jogo, o campo pequeno não ajuda muito e o calor também, uns 40 graus, mas equipe que quer ser campeã não pode pensar nisso”, afirmou Wallyson.

Wellington Paulista, parceiro de ataque dele, também reclamou das condições do campo. “Gramado ruim, bola não para quieta, é muito difícil dominar a bola. O gramado é ruim, o calor muito forte, mas o mais importante é conseguir a vitória parcial”, observou. Para o zagueiro americano Júnior Pereira, o time da casa apresentou bom volume de jogo, mas faltou acertar “o último passe”.

O América-TO voltou com Chrys, um jogador ofensivo, no lugar de Júnior Pereira, modificando o esquema tático da equipe, que passou ao 4-4-2. Com os mesmos jogadores da etapa inicial, o Cruzeiro teve chances de ampliar o marcador, mas acabou sofrendo o empate, aos 13 min, por meio de Jonatas Obina. Enquanto os jogadores adversários comemoravam, Thiago Ribeiro entrou no lugar de Wellington Paulista.

No minuto seguinte ao gol americano, o time da casa ficou com um jogador a menos, porque Wellington Bruno fez falta por trás em Montillo e foi expulso. Com 11 jogadores contra 10, o time visitante passou a tomar mais a iniciativa do ataque, deixando ao adversário a opção do contra-ataque. A pressão cruzeirense era muito grande.

O técnico americano Gilmar Estevam tirou Chrys, que havia entrado no intervalo, colocando Rodrigo Sena, retornando ao sistema com três zagueiros. Embora o time da casa levasse perigo em alguns contra-ataques, as melhores chances foram do Cruzeiro, que criou boas chances, mas parou no goleiro Fábio Noronha, que fez pelo menos três grandes intervenções. Aos 37 min, no entanto, o América fez o gol, por meio de Rogério Ávila, que foi anulado pela arbitragem. Aos 44 min, um gol contra de Rodrigo Sena decidiu a partida para o time cruzeirense.

O técnico Gilmar Estevam reclamou da arbitragem. “Não entendo porque um time pequeno não pode vencer o jogo. O gol anulado foi legítimo”, reclamou o treinador americano. Já o técnico Cuca, que elogiou o adversário, considerando-o bem armado, considera que o árbitro acertou na anulação do que seria o segundo gol do time local. “O primeiro rapaz estava em condição legal, mas o segundo não. Esse estava impedido. Se a bola tivesse entrado diretamente o gol seria legítimo”, comentou o técnico do Cruzeiro, referindo-se aos posicionamentos de Rodrigo Sena e Rogério Ávila, respectivamente.

 

AMÉRICA-T.O. 1 X 2 CRUZEIRO

AMÉRICA-T.O.

Fábio Noronha, Luis Henrique, Junior Pereira (Chrys) (Rodrigo Sena) e Jadson; Osvaldir, Luizinho, Felipe Dias, Wellington Bruno e Bruno Barros; Rogério Ávila e Jonatas Obina (Diogo Alves)

TÉCNICO: Gilmar Estevam

CRUZEIRO

Fábio, Pablo, Gil, Victorino e Diego Renan (Farías); Marquinhos Paraná, Henrique, Roger (Everton)e Montillo; Wallyson e Wellington Paulista (Thiago Ribeiro)

TÉCNICO: Cuca

Data: 26/2/2011 (sábado)

Local: Estádio Nassri Mattar, em Teófilo Otoni (MG)

Árbitro: Emerson de Almeida Ferreira (CBF/MG)

Assistentes: Márcio Eustáquio Souza Santiago (Fifa/MG) e Celso Luiz da Silva (CBF/MG)

Cartões amarelos: Osvaldir (A), Luis Henrique (A), Pablo (C), Bruno Barros (A), Gil (C), Luizinho (A), Wellington Bruno (A), Montillo (C), Victorino (C)

Cartões vermelhos: Wellington Bruno (A)

Gols: Wallyson, aos 42 min do primeiro tempo; Jonatas Obina, aos 13 min e Rodrigo Sena (contra), aos 48 min do segundo tempo