Invasão de prefeito ao gramado em jogo com Cruzeiro poderá gerar punição à Caldense
Além de ser goleada pelo Cruzeiro por 5 a 0 na noite desse domingo, a Caldense corre o risco de ser punida pelo Tribunal de Justiça Desportiva de Minas Gerais por causa da invasão de campo protagonizada pelo prefeito de Poços de Caldas, Paulo César Silva, no intervalo da partida válida pela 7ª rodada do Campeonato Mineiro.
Sob a batuta do argentino Montillo, Cruzeiro detona a Caldense no Mineiro
- No primeiro jogo depois de encerrada a "novela" Montillo, que assinou na última sexta-feira o novo contrato, o Cruzeiro confirmou a boa fase na temporada. Sob a batuta do meia argentino, que deu belas assistências, o time celeste goleou a Caldense por 5 a 0, neste domingo, em Poços de Caldas, retomou a vice-liderança do Campeonato Mineiro e alcançou a sétima vitória seguida no ano.Veja como foi o jogo
Como já havia sido adiantada pela Federação Mineira de Futebol, a súmula redigida pelo árbitro da partida, Igor Júnio Benevenuto, relatou a invasão de campo. Por isso, o caso deverá ir a julgamento pelo TJD, que poderá punir o clube mandante do jogo.
Igor Benevenuto fez menção ao incidente no item 'conduta do público', que, foi considerada boa, com exceção da atitude do prefeito de Poços de Caldas. “Um torcedor da equipe Caldense, que foi identificado como o prefeito da cidade, senhor Paulo César Silva, invadiu o campo de jogo ao término do primeiro tempo e veio em minha direção, dizendo as seguinte palavras: 'F da p, safado, ladrão'", escreveu o árbitro.
Segundo o relato de Igor Benevenuto, o prefeito foi contido pelo árbitro reserva, sendo retirado do campo. “O mesmo (invasor) fez gestos com a mão, mostrando que estávamos roubando”, concluiu o árbitro da partida, que relatou ainda a expulsão no primeiro tempo de Max, número 9 da Caldense, por causa de um "carrinho frontal" atingindo o zagueiro Thiago Carvalho, do Cruzeiro.
Irritado com a atuação da arbitragem, Paulo César Silva conseguiu passar pelo portão que separa o campo das arquibancadas. O prefeito foi contido pelo quarto árbitro, porém ainda conseguiu permanecer à beira do gramado e discutir com representantes da Federação Mineira de Futebol.
Em seguida, o prefeito de Poços de Caldas foi retirado por policiais militares e retornou para as arquibancadas. “Eu não agredi ninguém, fui manifestar meu pensamento, não consegui nem chegar. Eu acho que simplesmente eu tenho o direito”, disse Paulo César, entrevista a TV Globo.
O prefeito alegou que estava no estádio Ronaldão como torcedor. “Eu venho aqui, eu pago ingresso, não dou ‘carteirada’, eu visto a camisa da Caldense. Eu sou torcedor quando tem jogo da Caldense”, afirmou. Porém, despistou ao se indagado como entrou no gramado. “Deram uma bobeada ali no portão e entrei”, relatou.
* Texto atualizado às 16h30
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