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Mineiro - 2019

Atacantes do Cruzeiro levam entrosamento de dentro para fora de campo e consolidam amizade

Anselmo Ramon e W. Paulista (f), e também Wallyson, gostam de se divertir juntos - Washington Alves/Vipcomm
Anselmo Ramon e W. Paulista (f), e também Wallyson, gostam de se divertir juntos Imagem: Washington Alves/Vipcomm

Guyanne Araújo

Do UOL, em Belo Horizonte

06/04/2012 06h00

Se dentro de campo os três atacantes ‘titulares’ do Cruzeiro têm mostrado cada vez mais entrosamento, resultando em 19 dos 28 gols marcados nos 10 jogos oficiais do time na atual temporada, fora das quatro linhas, Wellington Paulista, Wallyson e Anselmo Ramon cultivam uma amizade.

  • Washington Alves/Vipcomm

    Atacante Wallyson demonstra entrosamento com Wellington Paulista dentro e fora de campo

Na noite da última terça-feira, por exemplo, os três amigos assistiram no ginásio em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a vitória do Sada/Cruzeiro sobre o Vivo Minas, por 3 a 1, na primeira partida do confronto válido pela semifinal da Superliga masculina de vôlei. Na ocasião, eles tiveram a companhia de outros atletas celestes: Roger, Diego Renan, Marcos e Rafael.

A amizade entre os três atacantes foi ‘entregue’ por Wellington Paulista. Para o clássico com o Atlético-MG, no próximo domingo, às 16h, na Arena do Jacaré, no entanto, os amigos poderão se tornar concorrentes, já que há a possibilidade de Vágner Mancini voltar ao 4-4-2, com a entrada de Roger.

“A amizade nossa é muito grande (Wellington, Wallyson e Anselmo). A gente, por ser 'molecada', tem uma característica muito grande de brincar, fazer brincadeira, eu já sou um cara descontraído, o Wallyson e o Anselmo e o Everton, que fica junto com a gente, também é muito descontraído”, comentou Paulista.

Atleticanos acenam com o mesmo trunfo

  • Bruno Cantini/Site do Atlético-MG

    Para combater o entrosamento dentro e fora de campo dos atacantes celestes, o Atlético-MG recorre à mesma estratégia: a amizade longe das quatro linhas. O zagueiros Réver e Rafael Marques, que já atuaram juntos no Grêmio, mostram afinidades não apenas com a bola nos pés ou na cabeça. “Somos amigos”, resumiu Réver. “É preciso ter entrosamento. Se você não tiver uma comunicação boa dentro das quatro linhas, especialmente no setor defensivo, isso prejudica muito. E a nossa comunicação é tão boa dentro como fora de campo”, afirmou Rafael Marques, em entrevista ao SBT/Alterosa.

Ele revela que os amigos procuram se divertir juntos longe dos gramados. “Fora de campo também procuramos brincar e nos divertir bastante. Futebol já é muito complicado, a pressão é grande, então, quando não está no trabalho procuramos nos divertir ao máximo”, observou Wellington Paulista.

Em cinco jogos com três atacantes, o Cruzeiro marcou 17 gols, sendo que 10 foram marcados por Wellington, Wallyson e Anselmo. Em duas dessas partidas, no entanto, Paulista esteve ausente, cumprindo suspensões na goleada sobre o Rio Branco, do Acre, pela Copa do Brasil (6 a 0), e na vitória sobre o Villa Nova (2 a 0) pelo Mineiro.

Segundo Wellington Paulista, a amizade ajuda no entrosamento dentro de campo. “Isso é fato, porque a gente se conhece bastante, sei muito bem como o Anselmo gosta de dominar a bola, como gosta de proteger a bola, como ele gosta de fazer um passe para a gente. O Wallyson também, como ele gosta de cruzar, de fazer um passe para gente fazer o gol, e eles me conhecem bastante também, então acaba facilitando”, comentou.

De acordo com o artilheiro do Campeonato Mineiro, com oito gols, as conversas fora de campo ajudam na hora do jogo. “A gente conversa muito fora de campo, brinca bastante, conversa muito para saber como a gente quer a bola dentro de campo para fazer os gols”, acrescentou Wellington Paulista.

Além dos três atacantes que vêm começando os jogos, o Cruzeiro tem outras opções para o setor ofensivo. Walter, contratado no início do ano, por empréstimo, junto ao Porto, tem sido a priumeira alternativa de Vágner Mancini. O jovem meia-atacante Élber tem sido uma outra opção.