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Cruzeirenses trocam estilo "coronel" de Roth por jeito "fala mansa" de Marcelo Oliveira

Marcelo Oliveira troca gritos durante os treinos por conversa reservada com os atletas  - Washington Alves/Vipcomm
Marcelo Oliveira troca gritos durante os treinos por conversa reservada com os atletas Imagem: Washington Alves/Vipcomm

Gabriel Duarte

Do UOL, em Belo Horizonte

21/01/2013 06h02

Depois de enfrentar o jeito “coronel” de Celso Roth durante o Campeonato Brasileiro 2012, o grupo do Cruzeiro convive agora com um novo estilo no banco de reservas. Sem o costume de gritar e demonstrando tranquilidade nos treinamentos, o técnico Marcelo Oliveira agrada na maneira de lidar com os atletas.

“O Marcelo foi jogador também, sabe o que o jogador gosta e não gosta. Melhor explicar baixinho, às vezes, a gente acha melhor. Jogador fica bravo com muita gritaria e não entende mais nada. Cada um tem seu estilo e a gente respeita. O Marcelo é aberto, e conversa com todo mundo”, observou o volante Leandro Guerreiro, remanescente da temporada passada.

No comando do Cruzeiro na temporada passada, Celso Roth costumava esbravejar nos treinamentos e chamar a atenção dos jogadores durante as atividades na Toca da Raposa, publicamente.

Sem Montillo, clube refaz ações de marketing e busca novo garoto propaganda

  • Washington Alves/Vipcomm

    Com a saída de Montillo, que era o principal alvo das ações de marketing do clube nas duas últimas temporadas, o Cruzeiro prepara nova estratégia para o setor e já mira substitutos do meia argentino. Na lista celeste estão o goleiro Fábio, o volante Tinga, o atacante Martinuccio e os recém-contratados Diego Souza, Dagoberto e Everton Ribeiro. “São jogadores que a gente percebe que têm grande aceitação da torcida e que têm um apelo mercadológico importante também. Eles e mais outros que a gente percebe ter um grande potencial serão utilizados”, observou o diretor de marketing do Cruzeiro, Marcone Barbosa.

Nas duas primeiras semanas de trabalho, Marcelo Oliveira já mostrou que gosta de conversar com os atletas e, quando precisa corrigir situações que não o agradaram, prefere convocar o jogador e falar separadamente, evitando a exposição de erros.

“Eu faço isso, sim. Não sou de gritar tanto, mas cobramos bem próximos. Eu só acredito em bom ambiente, força do trabalho e união. Vocês não me verão gritar no jogo, porque acho que isso atrapalha na minha observação da partida, mas a cobrança é diária. O futebol é uma avaliação quarta e domingo e o resultado é fundamental”, afirmou o treinador.

Promovido pelo técnico celeste para a temporada 2013, o atacante Vinícius Araújo disse estar satisfeito com o estilo do treinador. “O Marcelo é muito bacana, está passando dicas. Procuro ouvir bastante ele, procurar fazer o que ele está pedindo”, ressaltou o jogador, revelado pelas categorias de base do clube.