Topo

Clube que contratou Amaral e Clebão desiste do Módulo II do Mineiro e encerra atividades

Antes mesmo de estrear, Amaral deixou o Poços de Caldas, que encerrou atividades - Divulgação/Poços de Caldas FC
Antes mesmo de estrear, Amaral deixou o Poços de Caldas, que encerrou atividades Imagem: Divulgação/Poços de Caldas FC

Do UOL, em Belo Horizonte

23/02/2013 12h08

Depois de sonhar em chegar à elite do futebol mineiro no ano que vem, com a montagem de um time formado por jogadores veteranos, como Amaral e Finazzi, treinado pelo ex-zagueiro Cléber, o Poços de Caldas oficializou, em documento à Federação Mineira de Futebol, o fim de suas atividades. O Vulcão, como era conhecido, abandonou a disputa do Módulo II do Campeonato Mineiro.

Em janeiro deste ano, o Poços de Caldas foi notícia nacional, ao contratar e apresentar os ex-palmeirenses Cléber e Amaral, como técnico e principal jogador para a disputa do Módulo II. Dias depois, outro veterano, o atacante Finazzi, foi contratado. Mas, antes mesmo da estreia na competição, com goleada sofrida para o Social, de Coronel Fabriciano, por 4 a 1, na última segunda-feira, o sonho do clube do Sul de Minas começou a se desfazer.

Dizendo-se enganado pelo empresário chileno Celestino Del Carmen Villa Zapata, com quem assinou pré-contrato, que segundo o jogador não foi cumprido, Amaral se desligou do Poços de Caldas, no dia 16 de fevereiro.

Vítima do mesmo empresário que enganou Amaral, Clebão deixa o Poços de Caldas

  • Blog do Vulcão/Rodrigo Fonseca

    Após o veterano volante Amaral abandonar o Poços de Caldas FC alegando ter sido enganado por um empresário chileno, o ex-zagueiro Cléber, o Clebão, de passagem vitoriosa pelo Palmeiras, abandonou o comando do time após apenas um jogo no Módulo II do Campeonato Mineiro. Clebão não aguentou o clima ruim deixado pelo chileno Celestino Zapata, que se apresentou como investidor, intermediou acordos entre jogadores e o Poços de Caldas e depois não cumpriu, desaparecendo em seguida. O ex-zagueiro havia aprovado a chegada de Zapata.

“Fomos enganados. Eu, a imprensa, a comissão-técnica, os jogadores e também a diretoria. Enganaram o bobo na casca do ovo. Essa pessoa (Celestino Del Carmen Villa Zapata) me procurou, me ofereceu um salário muito bom, com benefícios de primeira divisão, hotel cinco estrelas e um projeto bastante interessante. Fui conversar com ele em São Paulo, em um escritório chique (rua Machado de Assis, 772, Conjunto 13, Cidade de São Paulo) e assinei um pré-contrato. Mas a figura sumiu, deixando na mão a todos, inclusive a diretoria”, afirmou Amaral, na ocasião.

Depois de comandar o Poços de Caldas na estreia com derrota no Módulo II do Mineiro, Clebão também deixou o clube. Na última sexta-feira, a FMF publicou, em seu site, documento oficializando o encerramento das atividades do time, por falta de condições financeiras. Dessa forma, o time desistiu da disputa da competição e não enfrentará o Tricordiano, em jogo que estava marcado para este domingo.

Neste ofício à FMF, assinado por Hamilton Loyola, presidente do Poços de Caldas Futebol Clube, o “completo encerramento das atividades do clube”, “em razão das dificuldades financeiras, não tendo como financiar a permanência do time no Módulo II” é atribuído ao não cumprimento de acordo firmado com um empresário.

Sem citar o nome, o Poços de Caldas diz que a parceria proposta por esse empresário ficou apenas na promessa, depois de começar bem, inclusive com a apresentação de jogadores renomados, como reforços para a temporada. “Devido ao descumprimento do acordado por parte do empresário, os jogadores foram embora e ficaram as dívidas”, salientou. “Aproveitamos também para agradecer aos torcedores que sempre compareceram aos jogos, nos apoiaram e fizeram a nossa parte”, acrescentou a nota oficial.