'Surdez' momentânea e sorteio para exame antidoping são prêmios para goleador Léo
Autor dos dois gols do Cruzeiro na vitória sobre o América-MG, por 2 a 0, neste domingo, no Mineirão, o zagueiro Léo não teve vida fácil. Ao marcar o segundo gol, aos 43 min do primeiro tempo, ele se chocou com o goleiro americano Matheus e levou a pior, tendo de ser atendido fora de campo. Voltou ao jogo, mas revelou, no intervalo, dificuldade para ouvir, o que foi superado com o tempo. Ao final do jogo, foi sorteado para o exame antidoping. “Fui premiado”, brincou.
“Não estou escutando muito bem”, comentou Léo, que levou uma pancada no ouvido direito, ao deixar o gramado após o término do primeiro tempo e ser cercado por repórteres. Apesar da dificuldade para ouvir as perguntas, o zagueiro destacou que os dois gols, muito parecidos, são resultados de treinamento na Toca da Raposa II.
“A gente fez muito isso durante a semana. O Marcelo (Oliveira) procura aprimorar essa batida, treinar essa entrada, no momento da corrida e hoje fomos felizes e pude marcar dois gols praticamente parecidos, fico feliz”, destacou o zagueiro reserva cruzeirense.
Nos dois gols de Léo, marcados aos 32 min e 43 min do segundo tempo, Willian cobrou falta no lado esquerdo do ataque, com a perna direita, jogando a bola na área americana, próximo ao “segundo pau”. Nas duas vezes encontrou Léo, livre, sem marcação dos zagueiros americanos. Com os gols marcados, ele já balançou as redes a favor do Cruzeiro por 12 vezes.
“Sou zagueiro e quando tem um dia feliz como este, é difícil de esperar, zagueiro fica sempre atrás, mas quando tem oportunidade de fazer os gols a gente fica feliz, toma bordoada nas orelhas, mas feliz de ter feito os gols e ter ajudado os companheiros e o objetivo principal que é a vitória”, destacou Léo.
“A gente sempre se cobra para não tomar gols, era sem gol, era o primeiro fundamento. Criamos várias oportunidades, concluímos a gol e conseguimos o objetivo que era a vitória e a força da equipe, jogadores que conseguiram superar a falta de entrosamento e de ritmo”, acrescentou.
Os jogadores americanos, por sua vez, lamentaram a falha do sistema defensivo. “Sofremos dois gols em bola parada, em duas falhas nossas que não podemos cometer. Sabíamos que a bola parada é deles é muito forte”, afirmou o volante Leandro Guerreiro, com conhecimento de causa, já que até dezembro último era jogador do clube celeste. O zagueiro César Lucena também lamentou os gols. “Treinamos muito durante a semana para conter essa jogada de bola parada do Cruzeiro”, observou.
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