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Bruno Rodrigo vira arma ofensiva do Cruzeiro na final do Mineiro

Dionizio Oliveira

Do UOL, em Belo Horizonte

12/04/2014 11h47

No momento de maior pressão na temporada, o Cruzeiro correspondeu bem com duas vitórias na Libertadores e um empate diante do maior rival no Independência, pelo primeiro jogo da final do Campeonato Mineiro, que possibilita ao time celeste jogar por outra igualdade no Mineirão. Nos três jogos, o jogador que mais se destacou e que pode ser um diferencial para o time celeste é o zagueiro Bruno Rodrigo, que tem se saído bem tanto na defesa quanto no ataque.

Com cinco gols na temporada, o zagueiro é um dos artilheiros da equipe no ano ao lado de Júlio Baptista, Ricardo Goulart e Dagoberto, e já igualou a sua marca do ano passado, quando também marcou cinco vezes. O ponto forte para esse sucesso ofensivo é o jogo aéreo, tanto que todos os gols assinalados pelo Cruzeiro foram utilizando a cabeça.

Nos jogos contra a Universidad de Chile e Real Garcilaso, pela Libertadores, Bruno Rodrigo utilizou do artifício para marcar um gol em cada jogo. “É uma jogada de grande potencial do nosso time, temos o Júlio Baptista, o Dedé, o Ricardo Goulart, acho que temos que caprichar nessa bola sempre, porque hoje um modo de fazer gol é na bola parada”, disse o zagueiro.

Companheiro de Bruno Rodrigo na zaga, Dedé tem desempenho bem inferior ao amigo no quesito ofensivo e fez apenas um gol na temporada. Acompanhando de perto o desempenho do parceiro, ele também elogia a evolução defensiva e as atuações seguras. “Estou muito feliz pelo momento que está vivendo, está jogando muito bem, crescendo muito aqui no Cruzeiro e isso é importante demais, não só para ele como para mim também”, disse.

Dedé também ressaltou o poder de fogo de Bruno Rodrigo como artilheiro. “Temos a cabeça do Bruno, a gente sempre fala que tem a cabeça de míssil. Ele tem um tiro na cabeça, um tempo de bola muito bom, a gente sempre encoraja para motivar essa situação e graças a Deus está dando muito certo. Eu comemoro os gols dele como se fosse meu”, comentou.

Se Dedé é o principal parceiro de Bruno Rodrigo no sistema defensivo, quem cumpre esse papel no ataque é Everton Ribeiro. O camisa 17 foi o responsável pelos dois últimos cruzamentos que resultaram nos gols do camisa 4. “Como a gente tem grandes cabeceadores na área, eu procuro caprichar e acertar sempre a marca do pênalti em uma bola que não dê para o goleiro pegar, sei que ali eles vão resolver”, disse o meia.

Além de Everton Ribeiro, que já deu duas assistências para Bruno Rodrigo, Dagoberto, também com dois passes, e Willian, foram os outros jogadores que serviram o zagueiro e são os batedores encarregados de explorar uma das principais armas do Cruzeiro. Ao todo, o time celeste marcou 19 de bola aérea, o que corresponde a 47,5% do total na temporada.

Contra o Atlético-MG, no entanto, Bruno Rodrigo conseguiu se destacar apenas defensivamente, ajudando a defesa a passar em branco nos dois jogos disputados no Horto, o primeiro na fase de classificação e último na final. E novamente poderá ter papel decisivo se conseguir ajudar a defesa passar em branco novamente, pois um empate dá o título ao Cruzeiro, ou marcar um gol que amplie a vantagem celeste.