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ANAF, sobre crítica do Cruzeiro a árbitro: "método para ludibriar torcida"

Presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares criticou a escolha de árbitro para o clássico mineiro - Washington Alves/Light Press/Cruzeiro
Presidente do Cruzeiro, Gilvan de Pinho Tavares criticou a escolha de árbitro para o clássico mineiro Imagem: Washington Alves/Light Press/Cruzeiro

Do UOL, em Belo Horizonte

25/03/2016 17h05

O sorteio de Emerson de Almeida Ferreira (MG) para apitar o clássico deste domingo (27), às 11h (de Brasília), no estádio Independência, diante do Atlético-MG, foi reprovado pelo Cruzeiro. O presidente Gilvan de Pinho Tavares queixou-se do fato. E a Associação Nacional de Árbitros de Futebol (ANAF) se manifestou de forma contrária ao dirigente nesta sexta-feira (25), por meio de nota oficial.

A instituição não poupou palavras e afirmou que “estas deduções e críticas injustas aos árbitros mineiros são uma artimanha de uma época passada, método arcaico de ludibriar seus próprios torcedores com o objetivo de jogar uma “cortina de fumaça” sobre verdadeiros problemas e temores internos enfrentados pela equipe do Cruzeiro (MG)”.

A manifestação da ANAF é uma forma de rebater a declaração do mandatário cruzeirense à Rádio Itatiaia, nessa quarta-feira (23), em que ele condenou a participação de Emerson de Almeida Ferreira no sorteio.

“Nós estamos estranhando demais. Eles (FMF) estão colocando em risco a arbitragem mineira porque a partida será disputada em um estádio onde funciona como um caldeirão, como uma forma de pressionar a arbitragem. Se for um desastre a arbitragem, a responsabilidade é toda deles (da FMF”, comentou.

A justificativa do Cruzeiro era que a pressão exercida pela torcida do Atlético no estádio Independência poderia influenciar nas decisões da arbitragem. A FMF, por sua vez, incluiu o paraense Dewson Fernando Freitas no sorteio, vencido pelo mineiro.

Confira a nota oficial da ANAF:
A ANAF vem a público manifestar seu repúdio em relação as declarações de dirigentes da equipe do Cruzeiro (MG), ao levantarem suspeições em relação aos árbitros do estado de Minas Gerais.

O futebol moderno já não aceita este tipo de ilações infundadas, sem nenhum motivo justo e razoável.

Notório aos olhos de qualquer torcedor com o mínimo de conhecimento, que estas deduções e críticas injustas aos árbitros mineiros são uma artimanha de uma época passada, método arcaico de ludibriar seus próprios torcedores com o objetivo de jogar uma “cortina de fumaça” sobre verdadeiros problemas e temores internos enfrentados pela equipe do Cruzeiro (MG).

A estratégia vil de pressionar as equipes de arbitragens antes dos jogos é, como já colocado, método ultrapassado, e tem como objetivo exclusivo justificar previamente aos torcedores um possível fracasso técnico perante os adversários.

A ANAF confia e acredita na arbitragem mineira, sabe que são homens falíveis e podem se equivocar como qualquer atleta que erra uma finalização. Entretanto, a qualidade, a seriedade e a correção são características fundamentais e presentes no quadro de árbitros do estado de Minas Gerais.

Estaremos torcendo, como sempre, para que o estado mantenha seu histórico de formação de grandes árbitros, que atuaram e atuam por todo o planeta, elevando ao mais alto nível o nome do estado de MG e do Brasil.

Assim, a entidade reitera o compromisso de estar sempre pronta para defender os árbitros onde e quando necessário.