Choro e pedido de desculpa. As reações de Otero após derrota do Atlético-MG
Otero tinha tudo para terminar a semana como o grande jogador do Atlético-MG. Três assistências no primeiro clássico decisivo do Campeonato Mineiro e dois gols na goleada por 4 a 0 sobre o Ferroviário-CE, pela Copa do Brasil. Porém, nesse domingo, o camisa 11 do Galo foi expulso aos 21 minutos do primeiro tempo, na final do Estadual. No fim, triunfo do Cruzeiro por 2 a 0 e o título ficou com o rival.
Bastante abatido, Otero deixou o vestiário do Mineirão cerca de uma hora após o encerramento da partida. Embora sempre atencioso aos jornalistas, dessa vez o venezuelano optou pelo silêncio. De forma educada, Otero passou pela zona mista, rumo ao ônibus do Atlético, e sinalizou que não daria entrevistas.
E não foi muito diferente no vestiário, após o término da partida. O meia atleticano era o jogador mais abatido. Ciente do peso que teve sua expulsão, Otero fez questão de pedir desculpas aos companheiros, após chorar pela derrota na decisão.
Assim como aconteceu na saída do gramado, quando foi abraçado pelos atletas que estavam no banco de reservas e conduzido até o túnel de acesso ao campo, mais uma vez o camisa 11 foi consolado pelos companheiros. E os amigos evitaram colocar a culpa em Otero. Nas entrevistas, nenhuma crítica ao venezuelano.
“Quando perde, perde todo mundo. O Otero foi um cara muito importante durante o campeonato inteiro, em que falaram que a gente não ia chegar, mas chegamos e com méritos. O Cruzeiro foi campeão, não vamos tirar os méritos deles”, disse o meia Luan.
Entre o choro e o pedido de desculpas, teve também um pouco de revolta. Na avaliação de Otero e dos demais atleticanos, Edílson também merecia o cartão vermelho. Na visão dos companheiros do venezuelano, da comissão técnica e da diretoria do Galo, o lateral cruzeirense deixou o pé e ainda revidou após receber a pancada.
Revolta que ficou maior com as imagens do quarto árbitro sinalizando para o juiz Luiz Flávio de Oliveira e dando a entender que Otero e Edilson mereciam receber o cartão vermelho.
“Perder um homem logo no início significa muito. Achei estranho, porque tem uma imagem que o quarto árbitro diz para expulsar os dois. Realmente, a expulsão do Otero foi justa, mas deveria ter expulsado o outro também por ter levantado o pé no peito do Otero”, comentou o técnico Thiago Larghi.
No momento da expulsão de Otero, aos 21 minutos do primeiro tempo, o Atlético perdia o jogo por 1 a 0. O resultado ainda era suficiente para o Galo ficar com a taça. Porém, foram mais de 70 minutos com um jogador a menos. Após levar o segundo gol, no começo da etapa final, o Atlético não teve força para reagir e buscar o gol que garantiria a conquista do Mineiro.
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