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20/12/2009 - 09h00

Divisão de base decide para o Barcelona no Mundial de Clubes

Rodrigo Bueno
Da Folhapress
Em São Paulo

Foi a divisão de base do Barcelona que deu o tão esperado título mundial para o clube catalão. Pedro, 22, e Messi, 22, dois que passaram pelas ‘categorias inferiores’ do time, anotaram os gols da virada neste sábado.

Dos 14 jogadores utilizados na decisão contra o Estudiantes, oito viraram profissionais pela equipe, que tem no comando de sua comissão técnica também um jogador (e treinador) formado em casa: Josep Guardiola. No jogo de sábado, ele ainda não contou com o meia-atacante Iniesta, outra prata da casa, pois ele sofreu lesão muscular.

Quando o Barcelona empatou o jogo, numa cabeçada de Pedro aos 44min do segundo tempo, estava em campo, por exemplo, o atacante Jeffrén, de apenas 21 anos. Ele entrou no lugar de Henry, uma das poucas estrelas ‘importadas”. Jeffrén está desde 2004 no clube.

Messi, autor do gol da virada na prorrogação, é argentino, mas está desde garoto no Barcelona. Chegou em 2000. Sete anos depois, viria para o clube Pedro, que fica na história como o primeiro jogador a marcar num ano em seis torneios oficiais diferentes pela equipe (Mundial, Copa dos Campeões, Espanhol, Copa do Rei, Supercopa da Europa e Supercopa da Espanha), sempre campeã.

No primeiro tempo, o Estudiantes conseguiu neutralizar as principais jogadas do Barcelona. Adiantou seu sistema defensivo e afastou o time espanhol e suas estrelas, inclusive Messi, de sua área. Equilibrou um jogo no qual não era favorito e saiu na frente com uma cabeçada de Boselli aos 37min -o atacante solitário do time estava impedido no lance.

O Barcelona, que reclamou apenas de um pênalti do goleiro Albil em Xavi, manteve bem mais a posse de bola (64% no total da partida), mas só cresceu mesmo na partida na segunda etapa, quando o clube argentino recuou em demasia para tentar segurar o 1 a 0.

Pedro teve, em cruzamento de Henry, ótima chance de empatar, mas a bola passou perto de seu pé na pequena área com o gol escancarado. Aos 44min, recebeu toque de cabeça de Piqué e, na frente de Albil, o encobriu de cabeça, com calma.

O domínio do Barcelona era muito evidente. E continuou na prorrogação. Foram 16 finalizações do campeão europeu contra apenas três do ganhador da Libertadores, que parecia derrotado em campo com o gol quase no fim do tempo normal.

Verón é quem estava perto de Messi quando o brasileiro Daniel Alves cruzou a bola na medida para o virtual melhor do mundo tocar de peito para o gol -o meia, exausto, não conseguiu acompanhar o amigo na jogada que definiu o Mundial.

“Estivemos perto”, lamentou o técnico do Estudiantes, Alejandro Sabella. “O primeiro tempo foi bom. No segundo, era óbvio que iam nos meter dentro do gol. Não completamos o sonho. Se a torcida está se sentindo orgulhosa é porque o time deu tudo”, afirmou Verón.

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