UOL Esporte Futebol
 
20/12/2009 - 09h29

Organizadores se defendem de críticas ao Mundial de Clubes da Fifa

Do UOL Esporte
Em São Paulo

O Barcelona fechou 2009 com o título do Mundial de Clubes da Fifa. Em uma final eletrizante, o time espanhol derrotou o Estudiantes por 2 a 1 na prorrogação, neste sábado, em Abu Dhabi. Apesar do desfecho emocionante, o torneio não ficou livre dos problemas e críticas.

Ao incluir clubes de outras confederações no torneio, a Fifa tentou tornar a disputa mais abrangente, com a esperança de que o título não se restringisse a um confronto entre europeus e sul-americanos. No entanto, a fórmula não deu certo: os finalistas continuaram sendo os vencedores da Liga dos Campeões e da Libertadores (a exceção foi em 2000, quando o Corinthians, ‘convidado’ do país-sede, foi o campeão).

Com a expansão do torneio, a Fifa viveu na prática outro problema: o baixo público nas primeiras partidas do Mundial – nas quais as equipes de menor tradição se enfrentam. Para solucionar este problema, a entidade inclui um representante do país-sede nos dois últimos anos como um esforço para atrair o público local.

Além de não resolver a questão, a Fifa criou mais um problema. Em 2009, por exemplo, o ‘convidado’ foi o Al Ahli, dos Emirados Árabes. A partida da equipe contra o Auckland City, pela fase preliminar, foi marcada pelo pela baixa presença de público e também pelo nível técnico ruim.

Apesar das críticas, a Fifa manterá o formato. “O torneio continuará assim. Foi algo ao qual chegamos por meio de um acordo, possibilitando que outras confederações participassem do torneio”, afirmou Chuck Blazer, chefe do comitê organizador do Mundial de Clubes.

Quanto à participação do Al Ahli, os dirigentes preferiram culpar a falta de preparação da equipe para justificar a baixa qualidade da partida contra o Auckland City. O time da Nova Zelândia venceu por 2 a 0. “Sonhávamos com uma participação melhor do Al Ahli. Eles não se planejaram bem para o torneio. Pediremos ao campeão da liga dos Emirados Árabes para que se prepare adequadamente”, disse o xeque Mohammed Khalfan al-Rumaithi, presidente da federação local.

Blazer se defendeu das acusações de que o torneio favorece os times sul-americanos e europeus. “Quando criamos esta competição, nossa intenção era transformar uma disputa já existente em um grande torneio mundial. O formato atual foi concebido para que o Mundial continuasse existindo, com a participação de todos”, completou.

Para 2010, o comitê organizador promete melhorias para o Mundial, que será disputado novamente nos Emirados Árabes. Apesar disso, uma das expectativas para a próxima edição segue como uma quase certeza: a de que o título será disputado entre um time europeu e outro sul-americano.

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