23/11/2010 - 19h24

Roth faz coro com Renan e critica bola: "ela foi feita para fazer gol"

Jeremias Wernek

Em Porto Alegre

Speedcell começou a ser utilizada pelo Inter nesta terça e não agradou jogadores e o técnico C. Roth

Após os dois primeiros treinamentos já contando com a Speedcell, bola que será usada no Mundial de Clubes, o técnico Celso Roth emitiu sua opinião. Aos olhos do treinador, a bola vai contra o interesse dos goleiros, feita para fazer mais gols. O conceito segue a mesma linha do goleiro Renan, que deve ser titular no torneio nos Emirados Árabes.

No treino da tarde, quando o preparador de goleiros Clemer trabalhava com o trio Renan, Abbondanzieri e Lauro, Celso Roth ficou por perto. Trocou algumas frases com os profissionais e avaliou, de perto, a bola. “Ela é feita para fazer gol. Vai contra o interesse do goleiro. Depois de seis ou sete metros ela toma um rumo diferente”, comentou o treinador.

“Eu disse para eles que parecer ter um chip anti goleiro. Para os atacantes e jogadores de linha favorece para fazer o gol. O goleiro tem que estar atento”, advertiu Celso Roth. Produzida pela Adidas, a Speedcell lembra a Jabulani, bola usada na Copa do Mundo da África do Sul, que também gerou polêmica.

No treinamento de fundamentos, todos os goleiros do Inter encontraram problemas para defender ou interceptar os chutas desferidos por Clemer. O descontentamento no Beira-Rio também parte dos envolvidos diretamente com a bola.

“É muito mais rápida e oscila muito. A trajetória muda bastante em um curto espaço”, analisou o goleiro Renan, depois do primeiro contato com o material, trazido para Porto Alegre nesta semana.

INTERNACIONAL NO TWITTER

SIGA O INTER NO TWITTER

Ao todo, o Inter conta com 20 bolas do modelo que será usado no Mundial. Como ainda disputa o Campeonato Brasileiro, o grupo de jogadores trabalha com a Speedcell juntamente com outro tipo de bola. Mesmo com as considerações negativas, Celso Roth não prevê dificuldades na adaptação.

“O que vamos fazer é colocar no treino e usar, inclusive em possíveis coletivos. A adaptação é rápida, o jogador é rápido para circunstancias do jogo”, ponderou. A comissão técnica descarta a realização de um jogo-treino para simular lances de jogo com a bola do Mundial.