UOL Esporte Futebol
 
08/12/2010 - 17h16

Destaques no primeiro jogo, brasileiros revelam pressão popular no Al-Wahda

Jeremias Wernek
Em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos)

Vencer na estreia significa muito mais do que indica a premissa básica do futebol para o Al-Wahda. Representando o país sede, campeão da última Liga Nacional nos Emirados Árabes, o time dos brasileiros Magrão, Hugo e Fernando Baiano sofreu pressão popular para superar o Hekari United, no jogo de abertura do Mundial de Clubes da Fifa de 2010. Além da população na rua, os jogadores revelam que xeques foram exigir a vitória na última semana.

“A pressão está muito grande. Antes deste jogo tinha uns quatro ou cinco xeques aparecendo, pedindo para conversar com a gente e falando para nós jogássemos pelo país, conseguir a primeira vitória de um time árabe no Mundial”, conta o volante Magrão, ex-jogador de Palmeiras, Corinthians e Internacional.

O centroavante Fernando Baiano, autor de um dos três gols do Al-Wahda na vitória também relata a cobrança fora do comum no clube. “Este primeiro jogo tira um peso das nossas costas, havia uma pressão grande para que nós seguíssemos no torneio”, diz.

“Ano passado o Ah Ahly jogou e perdeu o primeiro jogo. O país ficou um pouco chateado com tudo que aconteceu. Este ano a gente trabalhou bem sério querendo seguir”, completa o camisa nove que também jogou no estádio Beira-Rio e pode cruzar com os gaúchos e uma pouco provável decisão, em 18 de dezembro.

Mesmo celebrando uma vitória histórica, os brasileiros reconhecem que sua vida no torneio não é fácil. No próximo sábado, o confronto é com os coreanos do Seongnam Ilhwa Chunma, valendo vaga na semifinal diante da Internazionale. “Vamos ver até onde a gente consegue chegar, mas este jogo foi uma amostra que a gente não é tão bobo quanto parece, podemos complicar”, aponta Magrão.

“Mostramos que podemos fazer algo mais, claro que o segundo jogo vai ser mais difícil, complicado. Vai ser totalmente diferente, mas a ideia é poder continuar e quem sabe ser a surpresa do campeonato”, define Fernando Baiano.

Para encarar o representante sul-americano, o Al-Wahda precisa superar o vencedor da Ásia e também o ganhador da Europa. A expectativa entre dirigentes do time local e cidadãos de Abu Dhabi é ver seu time, no mínimo, encarando os italianos no próximo dia 15.

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