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REUTERS/Fahad Shadeed

Camisa 10 do Inter não escolhe jeito, nem autor do gol do título; só quer ser campeão

11/12/2010 - 07h01

D'Alessandro se diz pronto para desequilibrar e quer gol até com a mão

Jeremias Wernek
Em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos)

Sempre que a análise técnica é praticada com a escalação do Inter D’Alessandro encabeça a lista. Com muita qualidade, o argentino sabe que será referência para o time no Mundial. Se diz pronto para fazer tal função, mas não se vê como grande ídolo. O camisa 10 ainda avisa que se for preciso marca gol até com a mão para faturar o maior título de sua carreira, o segundo dos gaúchos em quatro anos.

Questionado se imagina como seria seu gol, decisivo, no Mundial D’Alessandro não titubeou. “Com a mão, qualquer coisa. Com qualquer coisa e de qualquer jeito”, dispara o gringo. Na minha cabeça está como mais importante o trabalho da equipe. Como a gente vai jogar, independente de quem faça o gol”, completa.

De fato, D’Alessandro cresce em jogos decisivos, mas não foca em marcar gols. Eventualmente deixa o seu, no entanto tem como perfil auxiliar os companheiros para anotar a vantagem no marcador. O que o argentino não abre mão é de que todos possam confiar nele em campo.

“Confiar pode. Isso é parte do meu trabalho, que meus companheiros possam confiar em mim. Tenho que assumir minha responsabilidade dentro de campo”, aponta. “Este grupo é feito de grandes jogadores. Mas a confiança é mais importante e temos isso muito forte entre nós. Todo o trabalho feito este ano foi baseado nisso”, opina o camisa 10.

Dito por vários como uma figura de grande apreço popular, campeão da Sul-Americana e da Libertadores, D’Ale está muito perto de virar um dos grandes nomes da história do clube gaúcho. Mas ele vai com calma, foge pelo politicamente correto.

“Não acho que sou o maior ídolo do Inter, isso é a primeira coisa. Para mim é um privilégio escutar da imprensa e da gente (torcida), que é mais importante, que posso ser um ídolo do Inter”, destaca. “A verdade é que estou muito contente e esse é meu trabalho, fazer o melhor em campo”, diz.

A sobre-carga de partidas ao Inter em 2010, ao todo são 75 jogos até agora, preocupa D’Ale. Mas não lhe afeta. “Estou me sentindo muito bem. Fisicamente estou me sentindo 100% e não é fácil. Estamos em final de ano e temos que seguir por mais vinte dias. Mas isto já sabíamos desde a conquista da Libertadores. Mas vale a pena. Nem todos têm essa possibilidade”, afirma.

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