Perto do fim da carreira, Abbondanzieri diz guardar boas lembranças do Inter e treinou até de lateral
Nunca mais se terá a oportunidade de ver Abbondanzieri correr em direção ao árbitro para reverter a marcação de um pênalti. Muito menos o gringo voar para defender um chute. Com 37 anos, reserva do Internacional, o goleiro argentino para de jogar no próximo sábado, 18 de dezembro. Antes, porém, Pato tem uma missão: ajudar seus companheiros a faturar mais um título. Que pode ser seu terceiro Mundial de Clubes na carreira.
Abbondanzieri reconhece que sua notória experiência foi consultada por colegas de delegação antes da chegada em Abu Dhabi, e principalmente, após o desembarque na cidade sede do torneio da Fifa.
“Sempre estamos falando sobre isso, como se consegue. O Boca Juniors chegou tantas vezes e trato de falar do que vivi. Quando eu estava lá era só um jogo [o Mundial era disputado no Japão, com partida única dos sul-americanos contra os europeus], um pouco diferente. Aqui são dois jogos e temos que ir com muita tranquilidade”, orienta o gringo.
Questionado sobre a possível final, onde a Internazionale pode surgir como rival, Pato não define um só jogador como principal destaque. Cita seus compatriotas. “Todo o jogador que vai para a Europa, jogar em Inter, Milan ou Juventus sai da América do Sul. Os melhores estão lá. Não quer dizer que não se pode jogar frente a frente. Mas temos que ter cuidado de todos, não só Eto’o”, aponta.
“Temos que ter cuidado com os argentinos, que estão acostumados com essa competição. É um bom time, não se pode lembrar só de um”, reitera. “Tenho muito boa relação com Zanetti, Cambiasso e Milito, mas não falei com eles recentemente”, completa.
Mesmo tendo saído do time titular, Abbondanzieri garante ter muitos motivos para recordar com felicidade do Inter, após encerrar a carreira. “Fui muito bem recebido, mesmo sendo argentino. Passei um ano espetacular, na verdade para não se esquecer. Até por ser o último da carreira”, lembra.
No segundo treinamento do Inter nos Emirados Árabes, pela falta do vigésimo segundo atleta de linha, o argentino trabalhou improvisado como lateral-direto. Solicito, o gringo brincou com Celso Roth antes de desempenhar a função e com bola rolando, chegou a pedir para receber passes. Mas não foi atendido e logo saiu para o ingresso de um reforço local, do Al-Jazira.
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