14/12/2010 - 18h43

Alecsandro reclama de melhor parceria e diz que faltou coragem ao ataque

Jeremias Wernek

Em Abu Dhabi (Emirados Árabes Unidos)

O centroavante Alecsandro não foge das perguntas. Depois de participar daquele que pode se tornar o pior jogo da história centenária do Internacional, o camisa nove manteve sua postura. Se viu bem em campo, colaborando, mas carecendo de melhor parceria. Para o jogador, a formatação que lhe isola na frente atrapalhou tudo. Alecsandro ainda definiu uma falta de coragem dos jogadores ofensivos diante do pequeno Mazembe.

“Eu estava bem, posicionado, esperando uma chance que não aconteceu. Eu me posiciono, jogo mais na frente e nesse esquema de três meias, atuando mais enfiado, me deixa dependendo de lançamentos. Não consigo fazer o gol em arrancada”, explica.

Além de comentar sobre o esquema tático – usado na reta final da Libertadores e durante os últimos quatro meses no estádio Beira-Rio, o jogador ainda lembra um lance da primeira etapa. Onde, segundo ele, Tinga acabou atrapalhando o que seria gol.

“Fiz um bom primeiro tempo, joguei bem e não errei passes. Estava acreditando que na primeira bola que aparecesse... O Tinga tirou uma bola, se ele não tivesse tocado na bola eu acho que teria feito o gol”, conta.

Durante os últimos meses, Alecsandro tentou se recuperar de uma séria lesão muscular. No período, marcou poucos gols, mas garantiu: teria o melhor momento de sua carreira em Abu Dhabi. Longe disso. Para ele, a ausência de coragem dos homens de criação pode explicar um pouco o resultado.

“Faltou um pouquinho de coragem para a gente tentar uma tabela na entrada da área. Eu, Sóbis, Tinga e D’Alessandro. Isso não aconteceu”, aponta. “Vim muito confiante, acreditando que faria os gols e passaríamos para final. Não aconteceu, estou chateado”, finaliza.

Alecsandro e os demais jogadores do Inter não terão descanso. Na manhã desta quarta, madrugada no Brasil, os atletas treinam em uma academia do hotel. Única atividade marcada para o dia que define o outro finalista do Mundial de Clubes da Fifa. Seongnam, da Coreia do Sul, e Internazionale disputam a vaga.