Mundial de Clubes

• Classificação e jogos

Um dia após a semifinal do Mundial de Clubes a pequena torcida do Al Ahly presente no Japão circulava com o orgulho de uma façanha internacional. Em 45 pessoas, o grupo de egípcios tratou a derrota para o Corinthians por 1 a 0 como uma façanha histórica, com direito a celebração por telefone com amigos e familiares em casa.

"Posso dizer que 70% da nossa torcida sabia antes do jogo que nós iríamos perder. Mas nunca poderíamos imaginar que seria desta forma. Ficamos felizes com a nossa atuação. Não esperávamos que o Corinthians jogasse só se defendendo no segundo tempo. Vi a final da Libertadores contra o Boca e esperava que fossemos massacrados", comentou Mokhtar Amen.

"Todos nós ligamos para casa no Egito. As pessoas não acreditaram quando falamos que perdemos de apenas 1 a 0 de um time brasileiro, campeão da Libertadores", acrescentou o guia de turismo da cidade de Hurghada.

No estádio de Toyota o grupo de 45 egípcios se dividiu em duas minúsculas alas e foi completamente abafado pela massa corintiana, estimada em mais de 20 mil pessoas.

Nesta quinta-feira a torcida do Al Ahly se despediu da base de Nagoya/Toyota, onde disputaram duas partidas na competição. O grupo de egípcios conseguiu um ônibus de graça para se deslocar até Tóquio, em viagem de 7 horas de duração. Mas alguns integrantes decidiram gastar em bilhetes do trem bala para economizar tempo.

No trem, Mohktar e mais quatro amigos comemoraram a façanha da noite anterior. Um deles, Joseph Ahmad, exibia com orgulho uma camisa preta do Corinthians que conseguiu trocar com um brasileiro após a semifinal.

Derrotado pelo Corinthians, o Al Ahly volta a campo no domingo para tentar repetir o feito de 2006, quando terminou o Mundial de Clubes na terceira colocação. Na oportunidade os atuais campeões da África conseguiram o pódio após serem batidos pelo Internacional de Alexandre Pato na semifinal.