Maratonista, 'chatice' e nome das mães viram inspiração para apelidos na seleção

Thales Calipo

Em Wolfsburg (Alemanha)

  • AFP e Folha Imagem

    Marta diz que seu apelido é inspirado em Maria Zeferina Baldaia

    Marta diz que seu apelido é inspirado em Maria Zeferina Baldaia

Com exceção da meio-campista Formiga, as demais jogadoras da seleção brasileira feminina são conhecidas do grande público por seus nomes de batismo. Porém, nos bastidores do grupo, cada uma conta com um apelido e, muitas vezes, as alcunhas são curiosas e até inusitadas, mas servem para descontrair o ambiente e aproximar ainda mais as atletas.

SAIBA QUEM É QUEM NA SELEÇÃO

Andréia Suntaque Velha
Daiane Bagé
Rosana Martelinho
Miraildes Formiga
Marta Zeferina
Cristiane Zoio
Aline Pellegrino Pêle
Erika Cocota
Renata Costa Ursinho, Coque
Elaine Baiúca
Fabiana Fabi Bahia
Daniele Milho

Marta, por exemplo, é chamada de Zeferina ou apenas Zé. Segundo a camisa 10, o apelido foi dado em homenagem à maratonista Maria Zeferina Baldaia, mas a goleira Andréia Suntaque, responsável por batizar a maioria do grupo, tem outra explicação.

"A Marta é a Zeferina porque ela é do Nordeste e tem muitos nomes assim por lá", brincou a goleira titular do Brasil, que também não escapou de ganhar um apelido: "Velha".

"Sou a Velha porque gosto de tudo no horário certinho, reclamo de tudo, do barulho, e também quero que tudo tenha um horário. Não tem nada a ver com a idade, não", diverte-se uma das jogadoras mais experientes do atual grupo da seleção brasileira feminina.

Mas os apelidos não param por aí. Cristiane, que usa óculos, é chamada de "Zóio". A capitã Aline Pellegrino teve seu sobrenome reduzido e virou "Pêle". Musa do time, Érika é a "Cocota". Autora de dois gols nesta Copa do Mundo de futebol feminino, Rosana é "Martelinho", graças à maneira como cabeceia a bola.

A moda de dar apelidos umas as outras é tanta que algumas têm até duas alcunhas diferentes. É o caso da zagueira Renata Costa, que atende tanto por "Coque", por conta do penteado, como por "Ursinho", por uma suposta semelhança com o personagem Pooh, da Disney.

Das conversas informais entre as atletas, os apelidos chegaram até o vestiário, com uma brincadeira criada por Formiga, que na verdade se chama Miraildes. A meio-campista decorou o nome da mãe de todas as jogadoras e, a partir daí, todas passaram a escrevê-los no quadro do técnico Kleiton Lima durante as preleções das partidas.

"Desde 2007 nós colocamos as mães na seleção. Escrevemos o nome no campinho, então vira Maria [mãe de Andréia] no gol, Teresa [mãe de Marta] no ataque, e por ai vai", completou Suntaque.

Entre Velha, Zeferina, Zoio e Martelinho, a seleção brasileira volta a campo nesta quarta-feira, às 13h (de Brasília), para enfrentar Guiné Equatorial. O jogo, que será em Frankfurt, é o último da primeira fase e o Brasil já entra em campo classificado para as quartas de final, buscando apenas confirmar o primeiro lugar do grupo D.

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