Marta enfrenta realidade de vaias, mas deixa Alemanha com 'título pessoal'

Thales Calipo

Em Dresden (Alemanha)

  • Martin Rose/Getty Images

    Marta se tornou a maior goleadora da história da Copa, com 14 gols

    Marta se tornou a maior goleadora da história da Copa, com 14 gols

Acostumada aos aplausos constantes por ser a melhor jogadora do mundo eleita nos últimos cinco anos, Marta teve de conviver com outra realidade nesta Copa do Mundo. Apesar de ser a grande estrela da Copa do Mundo de futebol feminino, a camisa 10 enfrentou muitas vaias das arquibancadas e, após a eliminação da seleção brasileira, respondeu com ironia à hostilidade alemã.

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"Eles me amam", resumiu a jogadora, depois da derrota da seleção brasileira para os Estados Unidos, no último domingo, em resultado que eliminou o Brasil da Copa do Mundo de futebol feminino.

Ao longo do Mundial, Marta sempre foi a atleta mais comemorada em campo. Quando o nome da atleta era anunciado no telão, ela era quem mais recebia aplausos. Porém, seu estilo de jogo acabava irritando os torcedores alemães, sempre maioria nas arquibancadas, e provocando as vaias.

A primeira clara demonstração ocorreu no segundo jogo do Brasil, contra a Noruega. No primeiro gol da seleção, Marta claramente empurrou uma adversária no início do lance que a seleção abriu o placar. A partir de então, cada toque na bola que a camisa 10 dava era seguido pelas vaias.

Na partida seguinte, uma suposta simulação de falta fez com que, novamente, os torcedores vaiassem Marta. Mas o ápice foi contra os Estados Unidos, quando a jogadora recebeu um pênalti e, após o erro de Cristiane, assumiu a responsabilidade para chutar e converter a cobrança. Mesmo sem qualquer culpa, o lance colocou praticamente todo o estádio contra a melhor atleta do mundo.

Mesmo com um novo fracasso em conquistar um grande título coletivo pela seleção brasileira, Marta deixa a Alemanha com, pelo menos, um alento. Com os quatro gols marcados no torneio, dois apenas no último domingo, a camisa 10 se tornou a maior goleadora da história da Copa do Mundo, ao lado da alemã Birgit Prinz, ambas com 14 gols.

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